Um novo vazamento de mensagens trocadas entre procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba (PR), publicado neste domingo (30) pela Folha de S.

Paulo, apontou que o empresário Léo Pinheiro, da OAS, teria sido tratado com desconfiança pelos investigadores.

O conteúdo do depoimento do empreiteiro foi um dos fatores que levaram à condenação do ex-presidente Lula (PT). “A primeira notícia de versão do LP sobre o sítio já é bem contrária ao que apuramos aqui”, afirmou um dos procuradores antes de, em abril de 2017, o empresário apresentar a versão que provocou a condenação de Lula.

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Lava Jato não reconhece mensagens Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o contexto e a veracidade do material não podem ser constatados.

Além disso, apontou que “a publicação, que tem por base material de origem criminosa e não confiável”.

O texto disse ainda: “Contrasta com o fato de que testemunho de Léo Pinheiro foi prestado sem a existência de acordo de colaboração premiada, sem qualquer promessa de benefício, por decisão dele e de seu advogado.

O depoimento dele foi apenas um dos elementos de prova que embasaram a condenação de um ex-presidente da República, analisada e validada por diferentes instâncias do Poder Judiciário, que sempre tomou com ressalvas a palavra de corréu que pretende colaborar.

A condenação foi fundamentada em farto material probatório que incluiu documentos, perícias, diversos testemunhos e outros materiais.

O teor da publicação também não é coerente com o fato de que o testemunho de Léo Pinheiro sequer existia quando foi feita a acusação.

Por todos esses motivos, é inadequada a insinuação de que o ex-presidente teria sido condenado em razão desse depoimento.

Em todos os acordos, os procuradores reforçam para os advogados que buscam a verdade e jamais versões.

O MPF zela para que não haja ocultação ou distorção de fatos por parte do colaborador, seja para beneficiar ou prejudicar quem quer que seja, submetendo as informações e provas fornecidas a exame crítico.

A negociação de acordos de colaboração é realizada sob sigilo legal e profissional.

No caso de integrantes da OAS, as negociações foram conduzidas por muitos procuradores que atuavam na Procuradoria-Geral da República e na força-tarefa da Lava Jato, que sempre pautam suas ações pessoais e profissionais pela ética e pela legalidade. » Lula diz que anular seu processo com Moro não invalidaria Lava Jato » Humberto Costa volta a defender renúncia de Moro » Lava Jato teria articulado proteção a Moro de tensão com o STF, diz jornal » Moro usa CCJ para atribuir ‘sensacionalismo’ a divulgação de mensagens O trabalho da força-tarefa foi analisado e validado por diferentes instâncias do Judiciário.

A análise de fatos e provas, a seu tempo, em fundamentação robusta e detalhada pelas diferentes instâncias, evidenciam a solidez do trabalho.

Em todos os acordos, os procuradores reforçam para os advogados que buscam a verdade e jamais versões.

O MPF zela para que não haja ocultação ou distorção de fatos por parte do colaborador, seja para beneficiar ou prejudicar quem quer que seja, submetendo as informações e provas fornecidas a exame crítico.

A negociação de acordos de colaboração é realizada sob sigilo legal e profissional.

No caso de integrantes da OAS, as negociações foram conduzidas por muitos procuradores que atuavam na Procuradoria-Geral da República e na força-tarefa da Lava Jato, que sempre pautam suas ações pessoais e profissionais pela ética e pela legalidade.

O trabalho da força-tarefa foi analisado e validado por diferentes instâncias do Judiciário.

A análise de fatos e provas, a seu tempo, em fundamentação robusta e detalhada pelas diferentes instâncias, evidenciam a solidez do trabalho.” Defesa de Lula aponta pressão Também em nota, a defesa de Lula afirmou que Léo Pinheiro “foi pressionado e repentinamente alterou sua posição anterior em troca de benefícios negociados com procuradores de Curitiba, obtendo a redução substancial de sua pena”.

Os advogados argumentaram que haviam alertado, ainda em abril de 2017, essa suposta pressão por uma mudança no depoimento do empresário, e pediram a anulação do processo. “Tais elementos mostram que jamais houve intenção de apurar a verdade dos fatos, mas apenas a de impor a Lula uma condenação sem qualquer prova de culpa e desprezando as provas de inocência que apresentamos durante o processo”, disse a nota da defesa de Lula.