Por Charbel Maroun, do partido Novo Na última semana, o Recife mais uma vez submergiu.
Tivemos alagamentos, populações ilhadas nas suas casas, pessoas que perderam tudo, até a própria vida.
Não posso ser o único a achar absurdo uma cidade tenaz como o Recife não conseguir lidar com a chuva.
Resolvi, então, ir aos livros de história.
Poderíamos aprender algo com os holandeses.
Há décadas eles convivem bem com a água.
Quase todo o país está abaixo do nível do mar e, no entanto, desde 1953 não ocorre por lá uma grande enchente com mortes.
Não é mágica! É ação.
Desde a tragédia do fatídico ano de 1953 quando morreram mais de 1,8 mil pessoas, a prevenção a enchentes passou a ser prioridade de sucessivos governos.
Todos focados em construir um grande sistema de diques capaz de suportar à peculiaridade de um país que vive praticamente debaixo da água.
Também investiram em sistemas de escoamento artificiais e naturais como a presença de bosques, parques e outras áreas verdes.
Não precisamos reinventar a roda, felizmente, agora só temos o trabalho de agir!
O que realmente precisamos é fazer Prefeitura e Governo do Estado pararem com a estranha mania de concentrar esforços e dinheiro no que não importa.
Nada é feito da noite para a dia, como diria o poeta Flavio José, toda caminhada começa no primeiro passo.
Por isso, eu tenho uma proposta: em vez de investir milhões em propaganda, como a Prefeitura do Recife já fez esse ano, o prefeito poderia economizar grande parte deste dinheiro para uma futura obra de contenção de enchentes.
Garanto que o recifense irá agradecer.