Os advogados de Demóstenes Meira, no habeas corpus apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), falaram da possibilidade de decretar a prisão domiciliar do prefeito afastado.

O argumento é o “transtorno bipolar” e “depressão” do prefeito. “Subsidiariamente, acaso V.

Ex.ª entenda por bem manter o Paciente segregado, a fim de garantir a preservação da ordem pública e econômica, bem como da conveniência da instrução, é de se avaliar a possibilidade da conversão de sua prisão preventiva em recolhimento domiciliar, com ou sem o uso de tornozeleira.

Isso porque o Paciente sofre de transtorno bipolar e depressão, doença controlável por medicamentos”, diz a petição de habeas corpus da defesa do prefeito.

Em trecho da petição de habeas corpus apresentado nesta segunda, os advogados do prefeito de Camaragibe dizem que seu cliente “não estaria em seu estado de saúde perfeito, alternando, como bem exposto por seus familiares, os estados de depressão e de euforia”.

Em depoimentos, a ex-esposa e a filha de Meira teriam relatado supostas doenças psicológicas do prefeito, segundo a petição de habeas corpus. “A ex-esposa e a filha do prefeito DEMÓSTENES E SILVA MEIRA foram ouvidas e informaram que este sofre de depressão e foi diagnosticado com transtorno BIPOLAR, tratando-se de doença crônica, sem cura, mas, com controle através de medicamentos”, diz um trecho do processo.

A ex-esposa do prefeito, em depoimento, disse que Meira “surtou”. “A ex-esposa do investigado, JUDITH MARIA E SILVA PESSOA relatou, quando ouvida, que a felicidade de seu então marido foi tão grande de se tornar prefeito que o mesmo surtou; que realmente após assumir tal cargo, DEMÓSTENES mudou completamente, passando a não ouvir as pessoas que sempre o apoiaram e estiveram ao seu lado; que já enquanto Prefeito, em abril de 2017, teve uma depressão e foi tratado pelo psiquiatra Dr.

Tiago Queiroz”, disse trecho do processo.

HC de Meira no STJ