Confira a coluna Pinga-Fogo, do jornalista Igor Maciel, na edição desta quinta-feira (20) do Jornal do Commercio A relatividade do crime Se há quem chame as denúncias contra o ministro Sergio Moro de “carnaval”, ontem teria sido uma típica “quarta de cinzas”.

Bem antes de completar as oito horas de audiência na CCJ, quando Moro já respondia variações das mesmas perguntas, com a paciência de quem cata tampa de garrafa pra vender por quilo, começou a ficar claro que a “montanha de acusações” era só fumaça.

Longe de suscitar o que Humberto Costa (PT) sugeriu ao dizer que Moro deveria se demitir.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Sergio Moro (Foto: Pedro França/Agência Senado) - Sergio Moro (Foto: Pedro França/Agência Senado) Foto: Pedro França/Agência Senado - Foto: Pedro França/Agência Senado Foto: Pedro França/Agência Senado - Foto: Pedro França/Agência Senado Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado Não por acaso, a sala esvaziou e na última hora só havia um petista esperando para perguntar.

O vazio de conteúdo acusatório ficou tão evidente que em determinado ponto o ministro foi “acusado” pelo senador Rogério Carvalho (PT) do pecado de ter feito um “Media Training” para aprender como responder às perguntas dos senadores.

Moro negou, disse que o senador estava equivocado.

E o baile seguiu.

Soprada a espuma, sobrou um fato inconteste: a invasão dos celulares de um ministro, promotores e sabe-se lá mais quem.

A gana pela narrativa cegou os parlamentares para o precedente perigoso.

O próximo celular invadido pode ser o deles próprios.

Aí seria crime?