O presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, fez questão de visitar Caruaru, neste final de semana, para ver a festa de São João de perto.

Durante os festejos juninos, ele aproveitou e fez um vídeo da festa com opátio lotado mesmo debaixo de chuva e ainda fez uma pequena gravação com a prefeita Raquel Lyra, afirmando que mandaria para o presidente Bolsonaro, tendo prometido ajudar a cidade com ações na área de turismo.

De passagem pela festa junina, após uma semana de vazamentos no plano nacional contra setores do Ministério Público e o ministro Moro, Gilson Machado Neto saiu em defesa do atual ,inistro da Justiça de Bolsonaro. “Moro deveria estar recebendo hora extra por estar trabalhando no combate á corrupção no Brasil”, afirmou Gilson Machado Neto, sugerindo que as críticas eram injustas e partidarizadas.

Uma reportagem publicada no site The Intercept Brasil, no último domingo (09), revelou que os dois articulavam informações sobre os processos da operação, como a prisão do ex-presidente Lula.

Trechos dos diálogos mostram que o então Juiz Sérgio Moro interferia na formalização da acusação, opinando sobre o cronograma das operações policiais, indicando fontes e até abrindo detalhes sobre as suas próprias decisões.

No Estado, na semana passada, o deputado estadual Romero Albuquerque (PP) classificou como prematuras as acusações contra o ex-juiz e o Procurador da República Deltan Dallagnol, responsável pela força-tarefa da Lava Jato.

Albuquerque disse ser muito cedo para concluir que as conversas entre os dois, interceptadas no aplicativo Telegram, colocam que xeque a imparcialidade dos processos da Lava Jato. “Eu acredito que ainda é muito cedo para concluir que houve qualquer interferência política no processo. É necessária uma profunda apuração e compreensão das informações dentro de um contexto mais amplo, e não em fragmentos como foi colocada pela reportagem.

As informações contidas neste vazamento não prejudicam a postura de Moro e todo seu legado por meio da Operação Lava Jato”, afirmou. “No lugar de buscar fragilidades nas autoridades envolvidas, é preciso reconhecer que a Lava Jato é um grande instrumento jurídico que vem passando este país a limpo, combatendo graves crimes de corrupção e provando que não existe ninguém acima da lei.

Quem errar será punido e acredito na idoneidade de Moro.

Acredito no potencial que ele tem.

Fará um grande trabalho como Ministro da Justiça e deixará um importante legado para o país”.

O deputado disse que irá formalizar, na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, um convite ao atual Ministro da Justiça. “A ideia é que Moro venha conhecer de perto a gestão do sistema prisional pernambucano.

Se ele aceitar vir fiscalizar os presídios pernambucanos, vamos apresentar uma lista de reivindicações, cobrar recursos federais para reforçar o sistema e oferecer uma proposta de modelo de gestão, que aposte na ressocialização pelo trabalho”, afirmou.