Após faltar o Fórum de Governadores para lançar o Programa Criança Alfabetizada, em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) voltou a condicionar as conversas sobre um eventual apoio à reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL) à retirada de quatro pontos do texto. “A partir da retirada desses pontos, é possível iniciar um diálogo, que pode avançar ou não, a depender do olhar que o governo tem da Previdência”, afirmou o socialista. “Tendo condições de dialogar, não tenho dúvidas de que podemos chegar num consenso”.

Paulo Câmara faz parte do grupo de gestores do Nordeste que critica: Mudanças na aposentadoria rural Mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) Criação do sistema de capitalização Desconstitucionalização da Previdência “A Previdência não pode ser apenas um cálculo financeiro, tem que olhar o social, a vida das pessoas e não pode dividir o Brasil entre os que vão se aposentar e os que não vão”, defendeu o governador.

Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem A vice-governadora Luciana Santos, que é presidente nacional do PCdoB, representou Paulo Câmara na reunião entre os governadores, realizada em Brasília.

Ela afirmou ao Blog de Jamildo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu que o governo ainda não garante os 308 votos para aprovar a Previdência e se propôs a estabelecer um acordo com os governadores para retirar os pontos que são criticados. “Isso que é novidade na conversa”, disse. “Quando o presidente da Câmara admite tirar esses itens, aí já parte para algum tipo de desdobramento”.

Relatório da Previdência O relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), havia previsto para esta terça-feira (11) a apresentação do parecer, mas adiou para a quinta-feira (14).

O objetivo do tucano é de conversar com governadores e lideranças partidárias até lá.

Mais cedo, Rodrigo Maia afirmou que, apesar da crise com o vazamento de mensagens do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, não iria deixar a turbulência chegar à Câmara. “Vamos blindar a Câmara de qualquer crise.

Nosso esforço e nosso foco está na aprovação das reformas e de todos os projetos que são essenciais para o Brasil.

Nada é mais importante do que o resgate da confiança, com o equilíbrio das contas públicas e a geração de empregos no País”, afirmou à Agência Câmara.

Após o vazamento das mensagens trocadas entre Moro e o chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, que teriam citado as investigações que levaram o levaram a condenar o ex-presidente Lula (PT), a oposição chegou a afirmar que não votaria projetos.

Está na pauta desta terça-feira (11) o projeto que autoriza o governo federal a abrir R$ 248,9 bilhões em créditos suplementares e, sem eles, podem ser inviabilizados os pagamentos de benefícios como o BPC e o Bolsa Família.

Saiba o que pensam os pernambucanos sobre a reforma da Previdência