Após a circulação, pelas redes sociais, de uma imagem supostamente retirada de um fórum em que é citado planejamento de um ataque à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a instituição divulgou uma nota neste domingo (9) afirmando que a segurança interna está investigando o caso com a Polícia Federal e a Secretaria de Defesa Social (SDS).

Na imagem, uma pessoa afirma que chegou a levar um fuzil para o campus da universidade, que fica na Zona Oeste do Recife, para matar pessoas em reação a críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e à reforma da Previdência.

Na nota, a reitoria afirma que ficou sabendo da suposta conversa nesse sábado (8), por volta das 23h, e acionou as polícias.

A administração da UFPE ainda afirma que “estão sendo tomadas providências” e que o comunicado é para “tranquilizar a comunidade acadêmica”. “Todo o material coletado pela UFPE na internet foi encaminhado pela SSI (Superintendência de Segurança Institucional) às autoridades”, diz a reitoria na nota. “A SSI reforça, neste momento, a importância do trabalho integrado realizado na instituição com os órgãos de segurança pública, que funciona de forma preventiva”.

Suspeita de ataque na UFPE A conversa sobre o suposto ataque surgiu em um fórum da deep web, parte da internet que não é indexada pelos mecanismos de busca, como o Google. “Confrades, tenho que admitir que poucos lugares me causam tanto nojo como a UFPE.

Aquele antro de marxistas, psolistas e petistas fede a merda e maconha”, diz uma pessoa.

Em seguida, ela afirma que havia planejado um ataque e chegou a levar um fizul AR-15 na última quarta-feira (5), mas não teria encontrado oportunidade de atirar por causa de rondas da Polícia Militar. “Mas eu hei de voltar, contra esquerdistas nem argumentos, diálogos ou fatos vingam, porém as balas farão um efeito que eles jamais vão esquecer”, ameaça.

Em seguida, outra pessoa responde sugerindo que o suposto ataque ficasse para o segundo semestre e diz que pretende fazer o mesmo na Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Nenhum negro da Abin pode me parar”, diz.