Ao discursar após receber o título de cidadão do Recife, nesta quarta-feira (5), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), chorou.
Na tribuna da Câmara Municipal, ele falou sobre os três anos em que viveu na capital pernambucana, no início da década de 1980, e se emocionou. “Podem ter certeza da emoção que sinto hoje, o filme que eu vejo, me perdoe a emoção”, disse. “Conhecia tudo aqui, da Ilha do Maruim passando por Torre, Madalena, Derby, Brasília Teimosa, Pina, Entra Apulso.
Criou uma simbiose com essa cidade e receber esse título é um orgulho muito grande para mim”, afirmou ainda Mourão.
Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Antes do título, ele assistiu a uma apresentação da Orquestra Criança Cidadã.
Balançou a cabeça no ritmo da música e depois desceu da mesa para tirar fotos com os músicos. “Enquanto ouvia orquestra, passava um filme na minha cabeça como começou tudo no Recife”, disse.
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Embarcamos nossas coisas e atravessamos o Brasil”, relatou. “Cheguei em setembro e descobri a cidade maravilhosa, com gente amiga que se tornou irmãs e irmãos. “Quis o destino que nossa filha nascesse aqui, no dia 23 de julho de 1983”.
O vice-presidente ficou no Recife até 1985, 34 anos atrás.
Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Após a homenagem, Mourão deixou a Câmara sem falar com a imprensa.
No Nordeste, ele já tem os títulos de cidadão de João Pessoa (PB), Salvador (BA) e do Piauí.
Mourão defende reforma Antes de receber a honraria do Recife, o vice-presidente participou de um almoço com empresários em Boa Viagem, na Zona Sul da cidade. “Eu tenho conversado com os governadores do Nordeste.
Os governadores têm que trazer o ônus pra si.
Suportar o desconforto.
O governador foi eleito para corrigir os problemas do Estado, não pensar na reeleição.
Buscar a solução do problema que o elegeu.
Na discussão da reforma previdenciária, há um movimento para retirar o funcionalismo dos estados e municípios da reforma, o que vai ser prejudicial.
Temos que enfrentar a isso aí”, disse o vice-presidente.