No dia em que será entregue o título de cidadão do Recife ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), a Câmara Municipal não terá expediente e funcionários que não estão credenciados para participar da homenagem não poderão entrar na Casa.

Em comunicado interno, a secretaria explicou que esse o objetivo é de garantir a segurança ao longo desta quarta-feira (4) e segue protocolos estabelecidos pela vice-presidência.

A cerimônia está prevista para as 16h30.

Antes de seguir para a Câmara, Mourão tem um almoço com empresários, promovido pelo grupo Lide Pernambuco no Mar Hotel, no bairro de Boa Viagem, na Zonal Sul da capital.

Desde a manhã dessa terça-feira (3), tapumes foram instalados na área externa da Câmara.

Houve também um mutirão para pintar as paredes da Casa.

Foto: Cortesia O fechamento da Câmara foi criticado pelo vereador Carlos Gueiros (PSB), que, apesar da reclamação, afirmou que vai à sessão. “Estamos fazendo essa homenagem em nome do povo e não vai ter povo”, afirmou. “Entendo o problema de segurança, mas acho que é exagero.

Ele está indo a um poder municipal, que tem que funcionar”.

Na véspera da entrega do título, o vereador Rinaldo Júnior (PRB) subiu à tribuna para criticar a homenagem. “Aceito de forma democrática, mas acho totalmente desnecessário”, afirmou. “Até admiro sua carreira militar e sei que tem mais condições intelectuais do que o atual presidente”, disse ainda, atingindo também Jair Bolsonaro (PSL).

Título de cidadão A homenagem foi aprovada em 5 de dezembro do ano passado, proposta pelo então vereador Marco Aurélio (PRTB), hoje deputado estadual.

Houve 28 votos favoráveis e dois contrários.

A visita do vice-presidente era prevista para março, mas foi adiada. “Segundo a equipe organizadora da vice-presidência, que já se encontrava na Casa, a razão para o adiamento se deve a compromissos supervenientes que demandam a presença do vice-presidente”, afirmou um comunicado oficial da Câmara no período.

No mesmo dia, Mourão atuava para tentar cessar uma crise provocada pela declaração de Bolsonaro de que só existe democracia e liberdade quando as Forças Armadas assim o quiserem.