O 14º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) acontece de 27.jun.2019 a 29.jun.2019, no campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

A homenageada desta edição é a jornalista Miriam Leitão, escolhida por sua contribuição ao jornalismo ao longo de 47 anos de carreira.

Miriam se junta a outros grandes nomes do jornalismo brasileiro que receberam a homenagem em edições anteriores, como Tim Lopes, Rosental Calmon Alves, Dorrit Harazim e Elvira Lobato.

O presidente da Abraji e editor do Estadão Dados e do Estadão Verifica, Daniel Bramatti, e Julia Dualibi, comentarista de política e economia da GloboNews, serão os responsáveis pela tradicional entrevista ao vivo do evento, que acontece dia 27 de junho, com início às 9h15.

O entrevistado será o vice-presidente Hamilton Mourão.

O Congresso contará com a presença de grandes nomes do jornalismo nacional e internacional, que compartilharão suas experiências profissionais em palestras e oficinas práticas ao longo dos três dias de evento.

No primeiro dia do Congresso, Pedro Bial (Globo), Cristina Fibe (O Globo) e Helena Borges (Infoglobo) contarão como foi o trabalho na apuração e revelação das acusações de abuso sexual contra o médium João de Deus.

As reportagens culminaram na abertura de investigações pela polícia e pelo Ministério Público e na prisão do médium, sendo revelados outros supostos crimes que ele teria cometido.

Na sexta-feira, Andrew Fishman (Intercept) e o jornalista freelancer Sam Cowie falam sobre os cuidados que tomam ao retratar o novo presidente brasileiro no exterior, além de mudanças que sentiram na relação com o governo.

Além disso, os responsáveis pelo Fiquem Sabendo, agência de dados públicos especializada na Lei de Acesso à Informação, darão uma oficina sobre como fazer pedidos de informações serem atendidos.

Ainda na sexta, Adam Ellick, diretor e produtor executivo de vídeos para a editoria de Opinião do New York Times, apresentará seu trabalho na série “Operation Infektion”, que aborda o uso político das notícias falsas.

E a jornalista freelancer Mago Torres revelará os bastidores da investigação que mapeou os locais clandestinos de desova de corpos no México.

No sábado, Rachel Glickhouse - responsável pelo projeto Documentando o Ódio, da ProPublica - conta detalhes sobre a iniciativa que usa crowdsourcing e colaboração entre diferentes meios para compilar dados e contar histórias de crimes de ódio nos Estados Unidos.

No mesmo dia, Emilia Diaz-Struck, pesquisadora e coordenadora do ICIJ (International Consortium of Investigative Journalism) para a América Latina falará de machine learning e da investigação do Implant Files.

Ainda no sábado, destaque para o painel “Investigações em tecnologia: como ir além do jornalismo de gadgets”, com Gabriel Dance, editor-adjunto de investigações do NYT; Diego Salazar, do No Hemos Entendido Nada; e Tatiana Dias, do Intercept Brasil.

Outro debate trará Daniela Pinheiro (Época), João Caminoto (Estadão) e Fernando Rodrigues (Poder360) falando do papel do jornalismo na era dos extremos.

O repórter do BuzzFeed EUA, Ken Bensinger discorrerá sobre duas grandes reportagens investigativas de que participou: a que revelou a existência de um dossiê sobre suposta cooperação da Rússia com a campanha de Donald Trump, em 2016; e a investigação do Fifagate - escândalo de corrupção envolvendo a Federação Internacional de Futebol que levou à prisão de José Maria Marin, presidente da CBF.

Rosental Calmon Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, debaterá sobre como novos modelos de negócio podem salvar o jornalismo investigativo.

Fechando o dia, Marzena Suchan, editora-chefe do Onet – o maior jornal digital da Polônia – e Luz Mely Reyes – co-fundadora da agência de notícias Efecto Cocuyo e que cobre política na Venezuela há mais de 25 anos – falarão sobre como é ser jornalista em países com governos autoritários.