A fala do ministro Paulo Guedes à revista VEJA foi classificada como “desrespeitosa” pelo presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).

Também em entrevista à VEJA, o parlamentar afirmou que o ministro da Economia precisa de um “choque de humildade”.

LEIA TAMBÉM » Guedes diz que pode renunciar em caso de não aprovação da reforma » ‘Ele está no direito dele’, diz Bolsonaro sobre Guedes falar em renúncia “A declaração é desrespeitosa com o presidente e constrange o presidente, que é chefe dele.

O Brasil é maior do que ele, ele não é maior que o Brasil.

O ministro Paulo Guedes precisa de um choque de humildade, ele precisa entender que é ele que trabalha para o Brasil, não é o Brasil que trabalha para ele.

O ministro não está fazendo nenhum favor ao país”, disse o parlamentar. ‘Pego o avião e vou morar lá fora’ Na entrevista à revista, o ministro Paulo Guedes também citou a possibilidade de abandonar o cargo se “sentir” que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não quer a reforma e a mídia e a oposição estiverem a fim de “bagunçar”. “Deixa eu te falar um negócio que é importante.

Eu não sou irresponsável.

Eu não sou inconsequente.

Ah, não aprovou a reforma, vou embora no dia seguinte.

Não existe isso.

Agora, posso perfeitamente dizer assim: ‘Olha, já fiz o que tinha de ter sido feito.

Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo’.

Se só eu quero a reforma, vou embora para casa.

Se eu sentir que o presidente não quer a reforma, a mídia está a fim só de bagunçar, a oposição quer tumultuar, explodir e correr o risco de ter um confronto sério… pego o avião e vou morar lá fora", disse Paulo Guedes.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: José Cruz/Agência Brasil - Foto: José Cruz/Agência Brasil Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados - Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado) Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República O ministro da Economia Paulo Guedes, durante cerimônia de posse aos presidentes dos bancos públicos.Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil - O ministro da Economia Paulo Guedes, durante cerimônia de posse aos presidentes dos bancos públicos.Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Segundo Guedes, a não aprovação da reforma poderá levar o Brasil a um estado de “convulsão” e provocar um “caos” no setor público da União, dos Estados e municípios. “Não vamos ter nem dinheiro para pagar aos funcionários”, disse.

Na avaliação do ministro, o cenário poderá levar à aposta em um impeachment e o país poderá virar “uma Argentina”, que hoje sofre com uma grave crise econômica.