De acordo com informações nacionais, os organizadores dos atos pró-governo de domingo (24) apostam no sucesso das manifestações.

A meta é que os protestos atinjam mais municípios que as passeatas ‘anti-Dilma’ de 2015.

A expectativa é de que ao menos 350 cidades se envolvam com os atos.

Por aqui, os organizadores da manifestação pró-Governo Federal no Recife acreditam que o evento deste domingo (26) será um dos maiores já promovidos no Estado.

Desde a última segunda (20) várias reuniões foram realizadas para definir os detalhes da marcha, com a participação de políticos e líderes de movimentos de direita do Estado.

No Recife, a concentração será a partir das 14h, na Avenida Boa Viagem, em frente à Padaria Boa Viagem, seguindo em direção ao Segundo Jardim, com policiamento efetivo em todo percurso da manifestação.

A previsão é que o evento siga até às 17h.

Segundo organizadores da marcha, sete trios estão confirmados para o percurso de 1,5 km.

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O ex-candidato a deputado federal Coronel Meira e o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Alberisson Carlos, declararam apoio à manifestação.

O PSL e PSL Jovem Pernambuco também apoiarão a marcha. o presidente nacional do PSL e deputado federal Luciano Bivar informou que o Partido liberou, para quem quiser, a participação nas manifestações pró-Governo.

O foco das manifestações, segundo os organizadores, “é demonstrar apoio a medidas do Governo Federal, como o pacote anticorrupção e anticrime do ministro Sérgio Moro, além da reformas, como a da Previdência”.

O tom de “ameaça” ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal apareceu nas redes sociais e entre apoiadores dos movimentos – que consideram que as instituições são ineficazes e trabalham contra o Brasil.

Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III - Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III - Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III - Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III - Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III - Foto: CB Alexandrino/Comunicação Social do CINDACTA III As manifestações em favor de pautas defendidas pelo Governo Federal marcadas para o próximo domingo (26) continuam gerando expectativas em diversos analistas do cenário político brasileiro.

Após uma semana de grande movimentação nas redes sociais, em que apoiadores voltaram a subir hashtags no Twitter convocando os cidadãos às ruas, a impressão de especialistas é que o tom das manifestações foi amenizado.

O cientista político Paulo Kramer, por exemplo, avalia que isso aconteceu porque os dois “lados” resolveram abandonar discursos extremos, por medo do cenário que vão encontrar nas ruas no domingo. “A principal razão para isso, foi que Bolsonaro está com medo de dar gente de menos e sair prejudicado e o Alcolumbre, que é presidente do Senado, e o Maia, presidente da Câmara, estão com medo de dar gente demais”.

Os apoiadores das manifestações, alegam, entre outras coisas, que é preciso ir às ruas em defesa da Reforma da Previdência, do Pacote Anticrime do ministro Sérgio Moro e da aprovação da Reforma Administrativa.

Por outro lado, os opositores alegam que o movimento pode mais atrapalhar, do que ajudar a tramitação de todos esses projetos no Congresso.

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados Davi Alcolumbre (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) - Davi Alcolumbre (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil Alcolumbre, Bolsonaro e Maia (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) - Alcolumbre, Bolsonaro e Maia (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) O presidente Bolsonaro relatou conversa com Rodrigo Maia (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil) - O presidente Bolsonaro relatou conversa com Rodrigo Maia (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil) Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República O cientista político da FGV, Sérgio Praça, acredita que Bolsonaro fez um movimento ousado ao incentivar as manifestações.

Ele avalia que as vantagens para o governo – caso muitas pessoas compareçam às ruas – não serão significativas.

Por outro lado, Praça entende que, se poucas pessoas forem aos atos, o fracasso será pessoal de Bolsonaro. “Foi uma jogada arriscada da qual ele já se arrependeu e está tentando se distanciar agora”, explica.

Logo no início das convocações, o tom de “ameaça” ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal apareceu em algumas conversas de apoiadores dos movimentos – que consideram que as instituições são ineficazes e trabalham contra o Brasil.

Acontece que Bolsonaro chegou a falar em café da manhã com jornalistas na quinta-feira (23) que os grupos que forem às ruas e falarem em fechamento do Congresso e do STF estariam na manifestação errada.

O presidente lembrou que tais discursos não fazem bem ao Brasil e não estão alinhados à sua política.

Virgilio Arraiz, professor de História Contemporânea da UnB, lembra que essa situação de atrito entre o Executivo e o Legislativo é normal em uma democracia.

Segundo ele, a independência e autonomia dos poderes é um reflexo disso. “Em função da deterioração do quadro econômico, os ânimos foram acirrados, no sentido de que o Governo acredita que os seus projetos deveriam ser encaminhados e aprovados de maneira mais rápida, porque isso ajudaria o país a sair da crise.

Já o Congresso tem outra visão e acredita que deve ter mais debate, que outras sugestões podem ser incorporadas”, pontua Virgílio.

Na avaliação do cientista político Sérgio Praça, o peso das manifestações também diminuiu quando a esperança em ver a Reforma Administrativa (MP 870) aprovada no Congresso, aumentou.

Isso porque na quarta-feira (22), a Câmara dos Deputados aprovou a proposta e a expectativa é que o Senado faça o mesmo na próxima semana.

O fato de a Câmara ter devolvido o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ao Ministério da Economia até foi diminuído após a conquista da MP 870 na Câmara. “Eu acho que ele imaginava que o conflito com o Congresso seria maior do que está sendo.

A aprovação da MP da reforma administrativa é ótima para o governo, apesar de ter deslocado o Coaf.

Então, na verdade, o Congresso não entrou em um conflito tão grande como Bolsonaro esperava”, avalia Praça.

Consenso Entre os parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, não há consenso sobre o assunto.

O próprio partido convocou uma coletiva de imprensa liberando os filiados a comparecerem, ou não, aos atos.

O líder no Governo na Câmara, Major Hugo (PSL/GO), por exemplo, acredita que as manifestações podem ser positivas.

Já a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) – parlamentar mais votada na história do País - recriminou os atos, alegando que as manifestações não possuem “racionalidade nenhuma”.

Entre os ativistas da direita, também existe um “racha”.

O Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua, por exemplo, não vão aderir às manifestações.

O movimento Vem Pra Rua emitiu nota dizendo que as pautas não estavam em sintonia com o que o grupo defende. “O Vem Pra Rua não apoia políticos nem partidos (…) Respeitamos o equilíbrio institucional dos poderes da república e acreditamos que as críticas pontuais que tem de ser feitas devem respeitar a sua integridade.

A democracia não pode prescindir de poderes fortes e independentes.” Tido como um dos principais movimentos que atuaram pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e pela consequente eleição de Bolsonaro, o MBL também anunciou que não apoia o protesto.

Em seu Twitter, Renan Santos, um dos líderes do grupo, disse que a manifestação força a barra contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal e também assusta os militares.

Por outro lado, entre os movimentos que apoiam as manifestações estão o Movimento Avança Brasil, Ativistas Independentes, Patriotas Brasil e outros grupos de direta.

Segundo o fundador do Patriotas, Julio Hubner, essa manifestação servirá como um “termômetro para saber a força política de Bolsonaro”.

Com informações da Agência do Rádio Mais