Após tentar articular, sem sucesso, a manutenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na pasta da Justiça e Segurança Pública, comandada por Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) admite a ida do órgão para o Ministério da Economia, de Paulo Guedes. “O senado vai fazer a sua parte.

Se mexer, volta para a Câmara e pode caducar.

Vence, se eu não me engano, semana que vem”, afirmou em Petrolina, no Sertão pernambucano.

A medida provisória da reforma administrativa perde a validade no próximo dia 3, se não for aprovada até lá.

Com isso, a estrutura do governo voltaria à mesma que na gestão de Michel Temer (MDB).

A previsão é de que a votação aconteça no Senado na próxima terça-feira (28).

Bolsonaro alegou que o Coaf “continua dentro do governo”.

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Embora não tenha gostado, evidentemente, nós respeitamos a decisão do parlamento”, disse, nessa quinta-feira (23), no Recife.

Na capital pernambucana, o ministro participou de uma reunião do Pacto pela Vida, programa na área de segurança que era vitrine do governo Eduardo Campos (PSB).

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), anunciou que apresentará um requerimento com outros parlamentares para que o Coaf continue com o ministro Sergio Moro.

Bancadas como MDB, PSDB, DEM e PT, no entanto, rejeitam mexer nesse ponto » Bolsonaro diz que, sem reforma, Paulo Guedes teria que ‘ir para a praia’ » Bolsonaro pede ‘abraço hétero’ a Paulo Câmara » Governadores do Nordeste cobram de Bolsonaro pautas além da Previdência » Após reunião com Bolsonaro, superintendente da Sudene é entrevistado no Resenha Política » FBC ajuda Bolsonaro a driblar pergunta sobre bloqueio de bens » ‘Ele está no direito dele’, diz Bolsonaro sobre Guedes falar em renúncia » Geraldo Julio pede ‘urgência’ na revisão do pacto federativo a Bolsonaro O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também defendeu que não haja alterações no texto que chegou da Câmara dos Deputados, para evitar o risco da caducidade da MP.

A mudança da pasta de Moro para a de Paulo Guedes foi feita em articulação do centrão com a oposição na comissão mista e não estava no parecer de Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que é líder do governo no Senado e foi relator da medida provisória no colegiado.

Na Câmara, foi mantida por por 228 votos a 210, e quatro abstenções.

Bolsonaro negou, em Petrolina, que tenha sofrido derrota.

Recife Antes de seguir para Petrolina, reduto eleitoral do líder do governo, Bolsonaro passou pelo Recife, onde participou de reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Foto; Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto; Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem » Bolsonaro cobra dos governadores do Nordeste apoio à reforma da Previdência » Paulo Câmara: ‘Nordeste precisa de obras, emprego, água e infraestrutura urbana e rural’ » Gustavo Canuto diz que Bolsonaro ‘pensa além do mandato’, com projeto para o Nordeste » Governo Bolsonaro ‘não tem acertado muito até agora’, diz Renan Filho » Não adianta um ‘plano bonito’ sem financiamento, diz governadora do RN Foi aprovada a criação do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e da destinação de 30% dos investimentos para a área de infraestrutura.

Além disso, foi anunciado o aporte de R$ 4 bilhões para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

Em Petrolina, Bolsonaro participou da entrega de 472 unidades habitacionais construídas no programa Minha Casa, Minha Vida.

Assista à entrevista do superintendente da Sudene no Resenha Política