O Lide Pernambuco lança, na próxima segunda-feira (27), campanha a favor da reforma da Previdência.

Com o mote “Precisamos da Reforma”, a ação está espalhada por outdoors e ônibus da cidade do Recife, além de mídias sociais, internet e veículos de comunicação.

A ação é baseada no slogan “Não é pela esquerda ou pela direita. É pelo Brasil”. “Não se trata de assumir ideologias ou de apoiar partidos políticos, mas sim de reconhecer a catástrofe econômica que o país enfrentará caso não haja mudanças nas regras previdenciárias.

Ser a favor da Reforma é ser a favor da retomada do crescimento econômico, do equilíbrio das contas públicas e, principalmente, do combate ao desemprego, que assola 13,4 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, explica a entidade.

O LIDE Pernambuco foi a primeira das 18 unidades espalhadas pelo país a criar uma campanha de mobilização a favor da Reforma previdenciária.

O presidente do grupo, Drayton Nejaim, disse que o pioneirismo corrobora a forte atuação institucional do grupo e a importância do trabalho. “Temos a obrigação de construir uma mobilização empresarial a favor da reforma”, defende. “Somos um agente de transformação da sociedade e devemos nos comportar como tal”. “Debater a reforma torna-se necessário ao passo em que a economia do país não encontra ares de crescimento.

Além disso, com a população cada vez mais velha, o país precisa rever seus custos e benefícios para se adequar à realidade fiscal.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2016, o Brasil tinha a quinta maior população idosa do mundo; em 2030, esse número deve ultrapassar o total de crianças entre zero e 14 anos”. “A reforma também propõe acabar com desigualdades e privilégios indevidos, já que o texto atual beneficia as elites do serviço público.

Um político e um trabalhador comum, por exemplo, passariam a ter as mesmas regras para se aposentarem com a nova legislação”.

O doutor em economia e presidente do LIDE Economia, Jorge Jatobá, disse que, sem a reforma, o aumento dos gastos com a previdência deve colidir com o limite de gastos aprovado pelo Congresso em 2016. “O aumento de gastos com previdência vai canibalizar os recursos para a educação, saúde, segurança pública e assistência social, que são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”, ressalta.

Estadão Conteúdo – O Instituto Brasil 200, movimento de empresários liderado por Flávio Rocha, dono da varejista Riachuelo, decidiu apoiar publicamente as manifestações programadas para o domingo (26).

O grupo, que reúne nomes do empresariado simpáticos ao governo Jair Bolsonaro, como Luciano Hang (dono da Havan) e João Appolinário (Polishop), estava reticente em incentivar a adesão aos atos no início, mas mudou de posição, afirmou Gabriel Rocha Kanner, que é presidente do Brasil 200. “Estávamos contrários porque a manifestação surgiu de forma nebulosa, com pautas com ataques às instituições e a favor do fechamento do Congresso.

Somos contrários à tese revolucionária.

Acreditamos que as mudanças têm de ser feitas pelas instituições”, afirmou.

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Defendemos a reforma da Previdência, a reforma administrativa e o pacote anticrime de Moro e, por isso, daremos nosso apoio”, disse.

Para Kanner, foi o que aconteceu em 2013, quando os protestos eram pelo aumento do preço da passagem e se tornaram contra a corrupção.

Ou nas manifestações pelo impeachment, que começaram com pessoas pedindo a intervenção militar. 1/3 Flávio Rocha | Foto: ABr 2/3 Joice Hasselman (Foto: José Cruz/Agência Brasil) 3/3 Foto: Reprodução/Facebook Kanner estará na Avenida Paulista e diz que outros também sairão às ruas do País, caso de Luciano Hang.

Ele nega, porém, que representantes do governo ou do partido do presidente tenham pedido que o Brasil 200 apoiasse formalmente as manifestações.

O instituto, que se define como apartidário, abriu escritório em Brasília para fazer lobby por políticas liberais e tem a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) como coordenadora de sua frente parlamentar.

Um empresário muito próximo a Bolsonaro, que falou sob reserva, afirmou que alguns executivos ainda avaliam se estarão de fato no ato, já que o presidente disse que não o apoia formalmente.

Ele disse temer que sua presença seja confundida com aval direto de Bolsonaro às manifestações.