Estadão Conteúdo - A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), defendeu votar a medida provisória da reforma administrativa no Senado mesmo que isso signifique tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, conforme a Câmara aprovou.
O texto deve ser votado pelos senadores na próxima terça-feira, 28.
Em recado ao líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO) e a outros integrantes do PSL, Joice criticou movimentos que “fizeram barulho” e ameaçaram a validade da medida provisória. “Eu acho que o que a gente construir com acordo está bem construído, o que não acho inteligente neste momento é ir para a briga.
Então, senta todo mundo, conversa todo mundo.
Se há um acordo, está tudo certo.
Agora, se for só para desgaste, aí não é bom”, disse a deputada após reunião com o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP).
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As maiores bancadas da Casa, no entanto, entre elas MDB, PSDB e DEM, articulam aprovar a matéria como veio dos deputados. “Qualquer coisa que tensione essa aprovação é ruim para o governo, para todos os parlamentares, inclusive para os parlamentares do nosso partido.
O melhor caminho agora é a gente arrefecer porque temos três anos e meio de governo pela frente, não começou agora e não vai terminar hoje, então temos que pensar no processo como um todo " Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados Mais cedo, após a votação da Câmara, a líder do governo já havia mandado um recado para integrantes do PSL apelando para a “responsabilidade”.
Ela citou que alguns parlamentares “fizeram barulho” e ameaçaram a validade da medida provisória, que caduca no dia 3 de junho se não for aprovada no Congresso.
Ela voltou a atacar o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), declarando que a “celeuma” toda foi causada por indicações contraditórias” do deputado goiano. » PSL ‘está dividido’ sobre transferência do Coaf, diz Bivar » Governo vai continuar atuando para fortalecer o Coaf, diz Moro » Bolsonaro pede ao Congresso que devolva Coaf para Moro » Após comissão tirar Coaf de Moro, Câmara adia votação de MP » FBC diz que governo Bolsonaro vai tentar manter Coaf com Sérgio Moro » Ausência de parlamentares, incluindo Túlio Gadêlha, mudou votação sobre Coaf MP do saneamento Joice afirmou ainda que a medida provisória que institui um novo marco legal do saneamento básico no País deve perder a validade porque não há acordo para ser votada no Congresso até o dia 3 de junho, data limite para a Câmara e o Senado votar o texto antes que caduque.
Diante disso, afirmou Joice, o assunto deve ser discutido através de um projeto de lei sobre o qual o governo pretende pedir urgência. “Acho que a do Saneamento pouco provavelmente vamos aprová-la, infelizmente, porque o prazo ficou muito em cima da hora por conta dos erros que aconteceram nos últimos dias na Câmara”, declarou a líder do governo.