Nesta terça-feira, o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira, apresentou junto à comarca da cidade um mandado de segurança contra o processo de impedimento em análise na Câmara Municipal do município, marcado para ser votado nesta quinta-feira.
Com a iniciativa, o prefeito busca evitar uma eventual cassação pelos vereadores.
A Justiça não decidiu ainda se acata ou não o pedido de liminar solicitado pelo político.
Meira entra na Justiça para manter cargo de Prefeito LEIA TAMBÉM » TCE vai apurar suspeita de superfaturamento de contratos na gestão de Meira » Prefeito de Camaragibe ganha ‘homenagem’ no Galo » Câmara de Camaragibe aprova abertura de impeachment contra prefeito » Prefeito de Camaragibe é acusado de improbidade em ação do MPPE » Prefeito de Camaragibe cobra participação de funcionários em prévia de Carnaval Em março passado, o juiz Gerson Barbosa da Silva Júnior, da 1ª Vara Cível da Comarca de Camaragibe, negou o pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para afastar o prefeito Demóstenes Meira (PTB).
O pedido foi feito na ação civil pública em que o petebista é acusado de improbidade administrativa por causa da convocação de comissionados para participar de uma festa que teria a participação da noiva de Meira, Taty Dantas, que também é secretária de Assistência Social do município.
O Bloco Canário Elétrico, realizado no último dia 17, foi organizado pelo secretário de Educação de Camaragibe, Denivaldo Freire Bastos.
Em dois áudios que circularam pelo WhatsApp, Meira recomendou aos funcionários com cargos comissionados que participassem da festa.
Entenda a votação A Câmara de Vereadores de Camaragibe marcou para esta quinta-feira (23) a votação do pedido de impeachment do prefeito Demóstenes Meira (PTB).
A decisão se deu após o aval da Comissão Especial responsável pela análise do mérito do afastamento do chefe do Executivo municipal.
A sessão tem início previsto para as 9h e será aberta ao público.
No início, a defesa do prefeito Meira terá até duas horas para se pronunciar contrária ao afastamento.
Em seguida, o autor da denúncia, vereador Toninho Oliveira (PTB), irá se pronunciar pelo mesmo prazo de tempo.
Na sequência, cada vereador terá até 15 minutos para defender seu posicionamento e, assim, a votação será iniciada.
São 13 parlamentares no Legislativo camaragibense.
Para o processo de impeachment ser aprovado, são necessários dois terços dos votos, ou seja, o aval de nove vereadores.
Se o pedido for aprovado, a vice-prefeita Nadegi Queiroz (PSDC) será convocada para tomar posse como prefeita de Camaragibe.
Se a maioria qualificada não for atingida, Demóstenes Meira continua à frente da Prefeitura da cidade.
O processo de impeachment foi aberto no dia 26 de fevereiro após sessão tumultuada entre os vereadores e com as galerias lotadas de populares.
A abertura foi promovida com o voto de cinco dos 13 integrantes do Parlamento municipal.
Os outros oito membros da Casa se dividiram entre quatro abstenções e quatro votos contrários.
Votaram pela abertura do processo de impeachment o presidente da Câmara, Toninho Oliveira (PTB), autor do pedido; Roberto da Loteria (PTC); Leandro Lima, conhecido como Leo Família (PDT); Délio Júnior (PSD); e Lindomar Santos (PSDB).
Se posicionaram a favor do prefeito: Antônio Carlos, conhecido por Tomé (PV); Eugênio Vitorino (Pros); Hélio Albino (PDT); e Manoel Rodrigues (PP).
Abstiveram-se Adriano da Tabatinga (PV), Paulo André (PSB), Renê Cabral (PRB) e Severino Gomes, conhecido como Cabeça (DEM).