De acordo com Wilker Cavalcanti, presidente do Liberta Pernambuco, um dos movimentos que organizam o ato no Recife, a marcha contará com apoio de diversos grupos de estudantes das universidades Federal e Rural de Pernambuco, bem como estudantes da rede publica e particular de ensino, que já estão confirmando participações através das redes sociais.

O evento ocorre uma semana depois das manifestações que encheram as ruas de mais de 200 cidades em todos os estados do país em defesa da educação. “O ato deste domingo (26) não será apenas em favor das pessoas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Sérgio Moro, mas também em defesa do nosso país e, principalmente, em favor de todos os brasileiros.

Chega de jogo sujo, chega de roubalheira.

Precisamos mostrar ao Congresso Nacional que quem manda no Brasil é o povo.

Eles foram eleitos e estão lá para nos representar.

Então que assim o façam”, discursa Wilker.

Além do Liberta Pernambuco, outros movimentos, como o Direita Pernambuco, Conservadores, PSL e PSL Jovem, também apóiam a marcha do domingo (26).

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Os organizadores da marcha informam que estão mobilizando os apoiadores pelas redes sociais e pediram aos simpatizantes para usar camisas nas cores da pátria e para levar bandeiras do Brasil. “Para acompanhar o percurso da caminhada, alguns movimentos estão disponibilizando carros e som e trios elétricos e estão confeccionando diversas faixas e cartazes com frases de efeito.

Esta semana, toda divulgação do evento vem sendo reforçada através de grupos de WhatsApp e Facebook e nas páginas dos principais movimentos que apoiam a iniciativa”.

No Recife, a manifestação terá início a partir das 14h, na Avenida Boa Viagem, com concentração em frente à Padaria Boa Viagem e seguirá em direção ao segundo jardim.

O evento está previsto para encerrar às 17h e contará com policiamento efetivo em todo percurso da manifestação, até o Segundo jardim da Avenida Boa Viagem.

Foto: Roberto Stuckert Filho União das esquerdas O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), participou de uma reunião com presidentes de partidos de esquerda (PT, PSB, PDT, PCdoB e PSOL) que fazem oposição ao governo Bolsonaro para avaliar o cenário.

Ele chamou de “desastre completo” o comando do PSL e prometeu que a esquerda vai traçar estratégias contra “os retrocessos promovidos pela gestão do capitão reformado”.

Os presidentes dos partidos de esquerda participaram da reunião nesta manhã de quarta-feira (22), na sede do PSB em Brasília. “O desgaste do governo e o quadro tão deteriorado estão levando o Brasil a um impasse complexo que exige das lideranças políticas muito diálogo e articulação.

Ele afirma que a única saída para a crise é pelo caminho da democracia e que não existe possibilidade de as siglas investirem em qualquer iniciativa que não passe pelas regras do jogo”. “O clima no Congresso Nacional está muito tenso.

Os aliados do governo não aguentam mais os erros cometidos pelo Palácio do Planalto. É praticamente unânime essa posição.

Mas eu não acredito que Bolsonaro vá renunciar, até porque ele não tem nada a ganhar.

Os processos contra os familiares dele iriam seguir na Justiça, sem qualquer ingerência dele”, resumiu. “Nem um regime parlamentarista, que defendo, salvaria o país agora, pois não seria aceito por Bolsonaro e seus ministros.

Neste momento, a instituição desse regime representaria uma muleta para salvar algo que está muito ruim”. “A velocidade com que o governo eleito se destruiu e ameaça levar o país a um completo caos social, econômico e político é o que mais me impressiona.

Creio que as lideranças de todas as áreas da nação estejam dialogando em busca de uma saída que não comprometa ainda mais os brasileiros, principalmente os mais pobres”, afirmou. “Deputados e senadores já estão atuando fortemente contra decretos e medidas do governo que retiram direitos da população, como a Reforma da Previdência, e que flexibilizam proibições históricas, como a posse e o porte de armas, incluindo até fuzil. “Graças à pressão e a iniciativas da oposição e da sociedade, o governo tem recuado em muitas medidas”, comentou. “Os setores da sociedade civil têm de se unir para buscar uma pauta em prol do povo.

Saímos de um patamar de horror para o de assombro com essa possível queda de Bolsonaro.

Os problemas do Brasil irão continuar, só que sem o espantalho.

Nosso objetivo é encontrar meios para retirar o país do buraco”, disse Humberto.

Os presidentes dos partidos marcaram um novo encontro para a próxima quarta-feira (29).