Antes do presidente Fernando Henrique Cardoso começar a desenhar o projeto de transposição do São Francisco, apenas a Bahia de Antônio Carlos Magalhães podia se beneficiar mais fortemente das águas do rio.

Os políticos de Salvador faziam uma guerra sem quartel contra a obra, desde que as águas pudessem ser usadas apenas para dentro da bacia do rio, mas não beneficiando outros estados da região.

Era como se o rio fosse apenas baiano e tivesse apenas uma margem. ‘Aqui em Petrolina, Bolsonaro poderá ver o Sertão que dá certo e se desenvolve’, diz Miguel Coelho Menos de uma semana depois da passagem do presidente Bolsonaro por Petrolina, nesta sexta-feira, o bispo católico da Diocese da cidade da Barra (BA), no sertão de São Francisco, Dom Frei Luís Cappio será homenageado na próxima segunda-feira (27) em Petrolina, com uma programação especial.

Os mais jovens podem não conhecer, mas o religioso durante um bom tempo ajudou a atrasar o lançamento da obra, quando interessava ao PT e PSB ser oposição aos tucanos.

Com a ajuda de especialistas como a atriz Letícia Sabatella, da Globo.

O padre ficou conhecido na década de 1990, após percorrer a pé os 2.830 quilômetros de extensão do Velho Chico.

A esquerda o apresenta como ‘Símbolo de amor e devoção ao Rio São Francisco’.

Na narrativa dos partidos de esquerda, o religioso realizou trabalho de conscientização das comunidades ribeirinhas sobre a importância da preservação do Rio, fazendo mobilizações de educação ambiental com os movimentos populares.

A homenagem é promovida pelo Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), começa às 9h e vai contar com visitas aos experimentos de revitalização das Caatingas desenvolvidos pelo Crad, no Campus Ciências Agrárias (CCA).

O evento será finalizado com uma palestra ministrada por Dom Frei Luís Cappio, a partir das 19h, no Auditório da Biblioteca do Campus Sede, no centro da cidade. “O evento é um momento para refletir sobre a vida do Rio e os deveres que a população deve ter para preservá-lo”, diz o diretor do Crad, José Alves Siqueira. “Dom Cappio é símbolo de inspiração.

A sua luta pelo Rio São Francisco, por sua vida e conservação é inspiradora.

Nós precisamos destes elementos de inspiração para a sociedade, considerando os tempos difíceis em que vivemos”, afirma.

A programação é aberta à comunidade e o ingresso será 1 kg de alimento não perecível.