Alvo da Operação Harpalo, o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), prestou depoimento nesta sexta-feira (17), no Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco).
O petebista foi ouvido no âmbito da investigação que apura suspeitas de fraudes na licitação para a reforma do prédio da prefeitura.
Meira foi ouvido pela delegada Jéssica Ramos.
O inquérito foi aberto pela Polícia Civil, a pedido do Ministério Público.
As investigações começaram em dezembro de 2018.
Em março, quando a operação foi deflagrada, a delegada afirmou que “foi verificada uma irregularidade em uma dispensa de licitação envolvendo um conluio de empresas e o prefeito de Camaragibe”.
LEIA TAMBÉM » Comissão aprova parecer pelo impeachment do prefeito de Camaragibe » Tudo envolve o prefeito de Camaragibe, diz delegado sobre operação » Prefeitura de Camaragibe é alvo de buscas em operação contra corrupção » Justiça nega pedido de prisão e afastamento do prefeito de Camaragibe As suspeitas são pelos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
As investigações correm em sigilo.
O Blog de Jamildo entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Camaragibe, que afirmou que não iria se posicionar.
Operação Harpalo Foram cumpridos no dia 26 de março mandados de busca e apreensão na prefeitura.
A polícia chegou a pedir a prisão e o afastamento de Meira da gestão, mas as solicitações foram negadas pelo desembargador Mauro Alencar de Barros, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Meira foi alvo de duas medidas protetivas para que não se aproxime de duas testemunhas, uma servidora e o presidente da Câmara Municipal, Antônio Oliveira (PTB), conhecido como Toninho.
O parlamentar é autor de um pedido de impeachment do prefeito. » TCE vai apurar suspeita de superfaturamento de contratos na gestão de Meira » Prefeito de Camaragibe ganha ‘homenagem’ no Galo » Prefeito de Camaragibe é acusado de improbidade em ação do MPPE » Em Camaragibe, Meira recebe ‘alerta’ do TCE sobre orçamento de 2019 Segundo a Polícia Civil, havia informações de que testemunhas estavam sendo ameaçadas e constrangidas pelo prefeito e um assessor ligado a ele.
Segundo a Polícia Civil, o nome da operação foi escolhido porque, “na Grécia Antiga, Hárpalo foi um homem acusado de subornar e corromper diversas pessoas com influencia na sociedade da época, entre elas estava Demóstenes, um importante político grego”.
Impeachment de Meira A comissão de vereadores que analisa o pedido de impeachment de Meira aprovou, nessa quinta-feira (16), o parecer favorável à cassação do petebista.
Com a aprovação no colegiado, o processo segue para votação no plenário.
A votação que definirá o destino do prefeito será realizada no próximo dia 23.
O pedido de impeachment foi aberto no dia 26 de fevereiro após tensa votação.
O argumento do vereador Toninho para defender a perda do mandato do prefeito o caso da “convocação” por Meira de funcionários com cargos comissionados para o show da cantora Taty Dantas, noiva do gestor e secretária municipal.