Do Blog de Jamildo, com Estadão Conteúdo Com 14 votos, a comissão de deputados e senadores que analisa a medida provisória da reforma ministerial aprovou, com o mínimo necessário, nesta quinta-feira (9), a saída do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta comandada por Sérgio Moro.
Um dos votos favoráveis poderia ser de Telmário Mota (Pros-RR), parlamentar favorável à permanência do órgão sob o guarda-chuva de Moro que faltou.
Outra ausência foi do pernambucano Túlio Gadêlha (PDT), que não havia declarado publicamente sua posição e o partido preferiu ter um voto certo a favor da mudança.
O pedetista estava na sessão, mas foi substituído pelo suplente na comissão, o deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), favorável à ida do Coaf para o Ministério da Economia, de Paulo Guedes.
Antes, porém, Túlio Gadêlha havia participado de outras votações.
Logo após a decisão sobre o Coaf, ele voltou à comissão.
LEIA TAMBÉM » Confira como votaram os parlamentares pernambucanos sobre o Coaf » Comissão Mista tira Coaf de Moro e manda órgão de volta para Economia » Centrão e oposição assinam requerimento para tirar Coaf de Moro » Bolsonaro cede e FBC inclui recriação de dois ministérios em relatório Em publicação no seu perfil oficial no Instagram, nessa quarta-feira (8), Gadêlha havia defendido que o Coaf “esteja onde tenha autonomia para combater a corrupção, investigar crimes financeiros e lavagem de dinheiro”.
No mesmo post, reclamou de Moro. “O ministro Sérgio Moro me chamou para conversar e ele só tinha um interesse: o meu voto para a permanência do Coaf no Ministério da Justiça.
Tentei sensibilizá-lo acerca do alto índice de retorno ao trabalho infantil e análogo à escravidão, dos conflitos agrários envolvendo populações indígenas e quilombolas.
Sem sucesso”, relatou.
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O Ministro Sérgio Moro me chamou para conversar e ele só tinha um interesse: o meu voto para a permanência do COAF no Ministério da Justiça. .
Tentei sensibilizá-lo acerca do alto índice de retorno ao trabalho infantil e análogo à escravidão, dos conflitos agrários envolvendo populações indígenas e quilombolas.
Sem sucesso. .
O Ministro acha natural a permanência da demarcação de terras indígenas no Ministério da Agricultura.
Disse que seria difícil tirar de lá porque essa é uma pauta central do governo.
Enquanto isso, morrem centenas em conflitos agrários. .
Não reconhece a importância da extinta Secretaria de Inspeção do Trabalho.
Sem ela, os auditores fiscais do trabalho ficam sem autonomia para combater o trabalho infantil e análogo à escravidão.
Acredita que a Polícia Federal pode responder por essa pauta.
Enquanto isso, a quantidade de pessoas resgatadas até hoje é um centésimo de em anos anteriores. .
Já com relação ao COAF: defendo que esteja onde tenha autonomia para combater a corrupção, investigar crimes financeiros e lavagem de dinheiro. .
Mas o que me preocupa mesmo é que nosso Ministro da Justiça não demonstra interesse em reparar as tantas injustiças sociais que os governos brasileiros têm cometido ao longo da nossa história contra o nosso povo. . #mp870 #sergiomoro #funai #povosindigenas #demarcaçãojá #trabalhoescravo #trabalhoinfantil #mj Uma publicação compartilhada por Túlio Gadêlha (@tulio.gadelha) em 8 de Mai, 2019 às 6:53 PDT Além de Túlio Gadêlha O senador Telmário Mota (PROS-RR), que tinha retornado como titular na comissão e era favorável ao Coaf com Moro, também não estava presente na reunião, deixando a vaga com o senador Jean Paul Prates (PT-RN), que votou por passar o órgão para a Economia. » Relator deve sugerir que Coaf permaneça no Ministério da Justiça » Moro volta a defender que Coaf fique com Ministério da Justiça » Bolsonaro indica que Coaf fica com Moro » Bolsonaro contraria Moro e negocia tirar Coaf do Ministério da Justiça Na quarta-feira (8), Mota declarou que havia um movimento de trocar titulares para que o Coaf saísse do Ministério da Justiça, mas não compareceu à reunião nesta quinta-feira (9).
Votos Votaram para tirar o Coaf das mãos de Moro os deputados Valtenir Pereira (MDB-MT), Elmar Nascimento (DEM-BA), Célio Silveira (PSDB-GO), Arthur Lira (PP-AL), Marx Beltrão (PSD-AL), Alexandre Padilha (PT-SP), Luiz Carlos Motta (PR-SP), Camilo Capiberibe (PSB-AP) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG) e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Rogério Carvalho (PT-SE), Jayme Campos (DEM-MT), Nelsinho Trad (PSD0MS) e Jean Paul Prates (PT-RN).
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado Para deixar o Coaf no Ministério da Justiça, votaram os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que é o relator; além de Simone Tebet (MDB), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Rose de Freitas (Pode-ES), Juíza Selma (PSL-MT), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Otto Alencar (PSD-BA) e os deputados Filipe Barros (PSL-SP), Diego Garcia (Pode-PR) e Daniel Coelho (Cidadania-PE).
A mudança ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado.