O anúncio do governo federal de bloquear 30% dos orçamentos nas instituições federais de ensino para 2019 foi recebido com preocupação também pelo deputado federal Fernando Monteiro (PP), que reafirmou a necessidade de se garantir educação de qualidade para os avanços necessários no Nordeste e no País. “Os cortes são inadmissíveis.

As universidades federais são nosso patrimônio!

Temos modelos de excelência que já vêm sofrendo com a falta de verbas, e querem cortar mais? É preciso que se garanta avanços, não retrocessos!”, afirma.

O deputado federal garante que vai encampar a luta contra o que avalia como absurdo.

Fernando Monteiro cita o poder inclusivo das universidades no Nordeste, onde muitas fortalecem a presença de pesquisa e desenvolvimento em toda a região, agindo como polos de desenvolvimento local. “São elas que motivam nossa juventude a acreditar ainda mais no Interior.

Nas universidades não se mexe!”, afirma.

O anúncio do corte de 30% na verba das Universidades Federais brasileiras feito pelo Ministério da Educação repercutiu entre especialistas, alunos e professores, na última semana.

Inicialmente, o corte de verba era destinado a apenas três universidades, que segundo o ministro Abraham Weintraub, tinham desempenho aquém do esperado e promoviam “balbúrdia”.

Eram elas, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A fala de Weintraub quando afirmou as universidades promoviam balbúrdia foi dada ao jornal ‘O Estado de S.

Paulo”.

Na entrevista, o ministro disse que as universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse.

Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”, afirmou.