Após ter a pena reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o caminho para tentar a progressão para o regime semiaberto, o ex-presidente Lula (PT) não deseja fazer o pedido.
A informação foi confirmada nesta segunda-feira (29) pela presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a deputada Gleisi Hoffmann.
Para ela, a decisão poderia ter sido da própria Corte. “O que Lula quer é que ele seja reconhecido inocente, posto que inocente ele é.
Nós também avaliamos isso, ele não merecia ter nenhuma penalidade”, defendeu. “Agora, a partir do momento em que foi dada essa sentença, nós temos muita gente questionando aos tribunais por que, então, se Lula poderia ser posto no regime semiaberto desde já, não está sendo colocado.
Por que de novo o processo vai ser diferente para Lula?”, perguntou. “Ele não quer pedir e tem razão nisso, ele se coloca como inocente, mas o Judiciário poderia já determinar isso”.
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Lula foi preso no dia 7 de abril de 2018, após ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso em que é acusado de ter recebido vantagens indevidas da construtora OAS através de um apartamento triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo.
O ex-presidente foi condenado em julho de 2017 pelo ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PSL) a nove anos e seis meses de prisão.
Seis meses depois, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aumentou a pena para 12 anos e um mês.
Na semana passada, o STJ reduziu para oito anos de dez meses.