O Instituto Ethos anunciou nesta segunda-feira (29) que enviou um questionamento formal ao presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, sobre o veto a uma campanha publicitária da empresa.

A entidade, que divulgou nota criticando a decisão de retirar o vídeo do ar, avalia foi contrariada a sua Carta de Princípios, assinada pelo banco há 21 anos.

A peça dirigida para o público jovem, divulgando o serviço de abertura de conta corrente por aplicativo no celular, foi retirada do ar por recomendação do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Estrelado por atores negros e brancos, numa representação da diversidade racial e sexual do País, a peça começou a ser veiculada no dia 1º de abril e saiu do ar há cerca de duas semanas.

Tinha 30 segundos, e podia ser vista em comerciais veiculados na TV e na internet.

LEIA TAMBÉM » Bolsonaro veta peça publicitária para o Banco do Brasil » Bolsonaro enfrenta criticas por censura a propaganda do Banco do Brasil O Instituto Ethos afirmou em nota que “acredita que as empresas são parte fundamental para a consolidação de ambientes plurais, de visibilidade e respeito às diferenças, e com elas quer seguir nessa construção”. “A diversidade pode ser apagada de uma campanha publicitária?

Desde a interferência do Palácio do Planalto e do presidente Jair Bolsonaro em uma campanha do Banco do Brasil, destinada ao público jovem e que destacava a diversidade, protagonizada por negras e negros e com a presença de uma pessoa trans, esse tem sido o questionamento de muitos cidadãos”, disse ainda. “Se já é questionável o não reconhecimento à diversidade, cabe ainda observar a intervenção do governo, que já vem sendo chamada de censura, que dá indícios de não se restringir a um fato isolado”, criticou. “Tal atitude do governo com relação a retirada de propaganda do ar, evidencia uma postura na direção inversa de uma proposta de desenvolvimento econômico aliado à construção de uma sociedade mais justa e sustentável.”