Do Blog de Jamildo, com informações da Folha de S.
Paulo Entrevistado nesta sexta-feira (26) após uma batalha judicial, o ex-presidente Lula (PT) falou aos jornalistas Mônica Bérgamo, da Folha de S.
Paulo, e Florestan Fernandes, do El País, sobre a possibilidade de não sair mais da prisão, as acusações contra ele na Operação Lava Jato e a morte do neto enquanto ele está preso.
Além disso, fez uma avaliação do governo Jair Bolsonaro (PSL). “O que não pode é esse país estar governado por esse bando de maluco que governa o país”, disse, sobre a gestão do presidente atual.
Para Lula, “ou ele (Bolsonaro) constrói um partido sólido, ou não perdura”.
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Hoje no primeiro escalão de Bolsonaro, Moro foi o primeiro juiz a condenar o ex-presidente, em julho de 2017, quando estava à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), cuidando dos processos da Operação Lava Jato no Paraná. “Sempre riram de mim porque eu falava ‘menas’.
Agora, o Moro falar ‘conje’ é uma vergonha”, disse Lula. » Defesa de Lula prepara novo recurso após decisão do STJ » Líder do PT diz que redução da pena de Lula mostra ‘abusos’ de Moro e TRF-4 » Maioria dos ministros do STJ vota por redução da pena de Lula » Mussi acompanha relator e vota por redução de pena de Lula » Relator no STJ vota por reduzir pena de Lula O ex-presidente disse ainda ter uma “obsessão de desmascarar Moro, Dallagnol e sua turma”.
Deltan Dallagnol é o procurador que coordena a força-tarefa da Lava Jato, responsável pela acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que levou à condenação e depois à prisão de Lula. “Eu tenho certeza de que durmo todo dia com a minha consciência tranquila.
E tenho certeza de que o Dallagnol não dorme, que o [ministro da Justiça e ex-juiz Sergio] Moro não dorme”. “Eles sabem que têm aqui um pernambucano teimoso”, disse ainda.
Foto: Nelson Almeida/AFP - Foto: Nelson Almeida/AFP lula sindicato - Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas - Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas - Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas - Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação - Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula “Trabalho muito para vencer a questão do ódio e da mágoa profunda, mas o que me mantém vivo aqui?
E é isso que eles tem que saber: eu tenho compromisso com esse País”.
Lula chorou ao falar sobre a morte do neto Arthur, de 7 anos. “Eu às vezes penso que seria tão mais fácil que eu tivesse morrido.
Eu já vivi 73 anos, poderia morrer e deixar o meu neto viver”, afirmou.