O coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Renato Battista, foi a uma rede social para dizer que o deputado federal Túlio Gadelha (PDT) manteve o plano especial de aposentadoria parlamentar, que permite aos deputados e senadores se aposentarem fora das regras do regime geral do INSS, recebendo até 33 mil reais por mês de aposentadoria.

Segundo o representante do MBL, ele teve acesso aos dados de Túlio Gadelha, na Câmara do Deputados, através de um requerimento. “Acabo de conferir via Lei de Acesso a Informação que o deputado namorado da Fátima Bernardes é adepto do Plano de Seguridade Social dos Congressistas, ou seja, aposentadoria especial para parlamentar”, diz o coordenador do MBL.

O MBL faz uma crítica ao fato de Túlio ter se declarado contra a reforma da previdência, mas manter o benefício exclusivo dos deputados. “É esse tipo de gente que está contra a reforma da Previdência”, acusa o coordenador do MBL.

Segundo o site oficial da Câmara de Deputados, a adesão ao plano especial é opcional.

Caso o parlamentar não ingresse no plano, ele contribui para o INSS ou para o regime próprio de previdência, caso seja servidor público concursado.

Hoje, segundo o site da Câmara, o valor da contribuição do parlamentar é de R$ 3.713,93, o que corresponde a 11% do valor do subsídio parlamentar atual (R$ 33.763,00).

Com a palavra, o parlamentar do PDT.

Audiência pública debateu reforma da previdência em Paulista A Câmara Municipal do Paulista, na Região Metropolitana do Recife, promoveu, nesta sexta-feira (26), uma audiência pública para debater as principais mudanças previstas na reforma da previdência.

A reunião foi convocada e presidida pelo vereador Fábio Barros (PSB), presidente da Casa Torres Galvão, e teve a participação de cerca de 250 pessoas.

O evento contou com a presença do deputado federal Túlio Gadelha (PDT), do deputado estadual João Paulo (PCdoB), da direção municipal do PSB, PT, Psol, PDT e PCdoB, além de vereadores, servidores públicos, lideranças sindicais, comunitárias e representantes dos movimentos sociais.

O encontro aconteceu no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos do Paulista (Sinsempa). “Estamos fazendo o nosso papel, falando com as pessoas, dialogando com todos para mostrar a importância da luta contra essa reforma da previdência que atinge especialmente as camadas mais humildes da população.

São os idosos, trabalhadores rurais, as pessoas carentes.

Não se fala em acabar com os privilégios das grandes aposentadorias e pensões, no combate aos grandes sonegadores.

Bolsonaro quer acabar com a aposentadoria dos mais pobres para sustentar os privilégios dos mais ricos”, disse o presidente da Câmara do Paulista, Fábio Barros.

O deputado federal pelo PDT pernambucano, Túlio Gadelha, parabenizou os paulistenses pela luta contra a reforma da previdência. “Quero parabenizar o vereador Fábio Barros pela iniciativa mas, principalmente, a população do Paulista que esteve aqui em peso. É muito importante se debater e discutir a reforma da previdência.

Essa reforma é muito ruim para o nosso povo.

Por isso, peço a vocês para se engajarem nessa luta contra a reforma do Governo Bolsorano”, afirmou o parlamentar.

Fábio Barros encerrou o encontro criticando Bolsonaro pela “velha política praticada por Bolsonaro, tão combatida por ele em campanha”. “A velha política de compra de votos para aprovar a reforma da previdência provoca revolta em todos os brasileiro. É o toma lá dá cá para garantir o fim da aposentadoria dos mais pobres.

Basta lembrar que durante encontro com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM/RS) e líderes partidários, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negociou o valor de R$ 40 milhões para cada deputado votar a favor da reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro (PSL) e Paulo Guedes, ministro da Economia”, disse.