Veja as palavras do governador Paulo Câmara, do PSB Hoje, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), em reunião do Diretório Nacional, posicionou-se contra o relatório aprovado na CCJ da Câmara sobre a proposta de Reforma da Previdência, apresentada pelo Governo Federal.

A decisão foi adotada após debate, neste colegiado plural, que tem a maior representação social da nossa agremiação.

Ficou definido que o Diretório voltará a se reunir, para novas deliberações, caso ocorram alterações no texto da proposta, na Comissão Especial da Reforma.

Na condição de vice-presidente nacional do PSB e de governador de Pernambuco, venho reiterar aqui o meu posicionamento, já assumido em outras oportunidades.

Sou contrário ao texto que tramita no Congresso Nacional, pois o mesmo aponta para o aprofundamento das desigualdades sociais.

Considero inaceitável a cristalização de um cenário que penalizaria, outra vez, os mais pobres.

Este quadro precisa, na verdade, ser revertido. É para isso que trabalhamos.

LEIA TAMBÉM » Oposição vai ao STF para cancelar sessão da CCJ sobre reforma » Diretório nacional do PSB fecha questão contra reforma da Previdência » Relator da reforma da Previdência fica com o PSDB » Equipe econômica diz que Pernambuco vai economizar R$ 12 bilhões em dez anos, com reforma da Previdência » Câmara cria comissão especial para discutir reforma da Previdência » Após dez horas de sessão, CCJ dá aval à discussão do projeto da reforma da Previdência » Se dependesse dos pernambucanos na CCJ, reforma não avançaria » Danilo Cabral entra com ação no STF para ‘obrigar’ Guedes a mostrar dados da Previdência Pontos como a desconstitucionalização das normas previdenciárias, mudanças na aposentadoria rural, a capitalização e o novo formato do Benefício de Prestação Continuada (BPC), embutidos em um discurso de salvação das contas públicas brasileiras, seguirão combatidos por nós.

A responsabilidade fiscal, exigida de todos os governantes, não pode ser custeada pelo sacrifício social.

Reconheço a importância da realização de uma reforma da previdência, que no meu estado possui um déficit de R$ 2,6 bilhões.

Sou governante, tenho absoluta consciência das implicações presentes e futuras de uma ausência de atitude, hoje.

O caminho deve ser o que dá suporte ao crescimento do país, com mais equilíbrio e sustentabilidade às contas da União, dos Estados e dos Municípios.

No entanto, lutarei para que a efetivação de mudanças, para melhor, respeite e dialogue com as especificidades regionais e sociais de um país tão diverso.

A nossa população, ainda bastante vulnerável, em sua maioria, espera do Estado brasileiro mais do que cálculos frios e punitivos. É fundamental a compreensão do seu verdadeiro papel, do governo em todas as esferas, para a construção de um futuro mais inclusivo, com oportunidades para todos, sobretudo e em primeiro lugar, para aqueles historicamente mais desassistidos.

O Brasil que queremos não restringe direitos da população, ele os garante e amplia.

A posição do governador contra o projeto da reforma acontece no mesmo dia em que o partido PSB anunciou que estava fechando questão contra as mudanças, e um dia depois do ministério de Paulo Guedes, responsável pela reforma da Previdência, ter começado a divulgar os números que embasaram os estudos.

Em um deles, nesta quarta-feira, repetido novamente nesta quinta, a pasta apresenta projeções por Estado e região, da economia a ser obtida com mudanças nas regras de aposentadoria de servidores e militares.

No caso de Pernambuco, segundo o estudo da Previdência, seria possível a obtenção de R$ 12 bilhões em dez anos.

Saiba o que pensam os pernambucanos sobre a reforma da Previdência