O site da Fazenda e reforma da Previdência repisou, para a imprensa regional, os benefícios que a reforma da Previdência trará para os Estados caso seja aprovada, ao longo deste ano.

Nesta quarta-feira, haviam sido divulgados agregados por região e no total do Brasil.

No mais recente esforço de divulgação dos dados da empreitada, a pasta desagregou os dados, por unidades da federação.

O Nordeste é um dos calos de Bolsonaro, com a maioria dos eleitos fazendo oposição, mesmo sabendo que precisam ajustar as contas.

Com a exposição dos números, o governo Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes parece chamar a razão lideranças regionais que acusam a reforma de acabar com a aposentadoria de miseráveis, de modo a desviar a atenção dos mais suscetíveis ao debate ideológico.

Nesta mesma quinta-feira, o PSB anunciou que fechou questão contra a reforma proposta pelo ministro Paulo Guedes.

O Ministério da Economia divulgou projeções sobre os dados citando uma alta de 15% na economia prevista.

O cálculo oficial apresentado mostra que se a reforma for aprovada como está, vai gerar uma economia nas contas públicas de R$ 1,236 trilhões em 10 anos.

Veja o texto do estudo abaixo, sobre Pernambuco.

Projeção da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia prevê uma economia de R$ 12,14 bilhões para Pernambuco nos próximos 10 anos com a Nova Previdência.

Deste total, R$ 10,54 bilhões correspondem ao que o estado deixará de gastar com pagamentos de aposentadorias, pensões e demais benefícios dos servidores estaduais e R$ 1,6 bilhão com policiais militares e bombeiros.

A economia é consequência das alterações nas novas regras de cálculo para os benefícios, nas alíquotas de contribuição e no tempo de atividade dos servidores previstas na proposta de emenda à Constituição que tramita na Câmara dos Deputados.

Pelo texto, as mudanças valerão tanto para os funcionários da União quanto para os dos estados.

O mesmo ocorrerá com as carreiras militares estaduais, que, de acordo com projeto de lei apresentado pelo governo, deverão seguir as regras das Forças Armadas.

Economia Em toda a região Nordeste, a estimativa é de que essa economia possa chegar a R$ 76,24 bilhões em 10 anos.

Se levados em conta os valores que deixarão de ser gastos em todas as unidades federativas do Brasil, em uma década os governos terão deixado de gastar R$ 350,66 bilhões (confira tabela abaixo).

Para o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, a aprovação da Nova Previdência vai contribuir para equilibrar as contas dos estados. “O modelo em que estamos ruiu.

Estados e municípios têm dificuldades de prover necessidades básicas da população, de educação, de segurança, de infraestrutura.

O orçamento é gasto com o pagamento de salários, aposentadorias e benefícios”, afirmou.

Déficit O secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, acrescenta que o valor que os governos estaduais deixarão de gastar a partir da Nova Previdência poderá, em alguns casos, sanar seus déficits previdenciários.

De acordo com dados do final de 2018, apenas quatro estados fecharam o com saldo previdenciário positivo: Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Os demais possuíam um déficit que, somado, chegava a R$ 90 bilhões anuais. “Mais da metade do que o Brasil arrecada vai para a Previdência, e isso só cresce.

São imposições demográficas, despesas obrigatórias, e o Brasil acaba não investindo”, observa Bianco.