Do Blog de Jamildo, com Estadão Conteúdo O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu nesta quarta-feira (24) o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, depois que o auxiliar de Jair Bolsonaro (PSL) foi acusado de oferecer emendas extras para os deputados em conversas sobre a aprovação da reforma da Previdência. “Tenho absoluta certeza de que o ministro Onyx seria o último a querer viabilizar votos através do ’toma lá, dá cá’”, disse o senador pernambucano.
Fernando Bezerra Coelho afirmou que Onyx Lorenzoni está construindo no Congresso uma “relação de confiança”.
LEIA TAMBÉM » Equipe econômica diz que Pernambuco vai economizar R$ 12 bilhões em dez anos, com reforma da Previdência » Governo Bolsonaro diz que Nova Previdência trará economia de R$ 350,66 bilhões em 10 anos aos Estados » Câmara cria comissão especial para discutir reforma da Previdência » Após dez horas de sessão, CCJ dá aval à discussão do projeto da reforma da Previdência “Agora, é evidente que, como articulador político da Casa Civil da Presidência da República, tem que tratar, sim, da liberação de recursos para governadores, para prefeitos, para convênios.
Isso é o dia a dia do Congresso Nacional”, ponderou. “Não se pode ver uma iniciativa comum, que é usual, que é a demanda que eu trago dos meus municípios da minha região, como algo ilegal, como algo criminoso, de forma nenhuma”.
Líderes do Centrão dizem que a oferta teria sido feita em reuniões individuais realizadas na semana passada entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Lorenzoni e os líderes.
Seria de R$ 10 milhões por ano em emendas, o que totalizaria R$ 40 milhões ao final da legislatura.
Maia Maia disse que a Câmara dos Deputados “não está trocando nada” ao responder se os parlamentares negociaram a aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) por emendas extras. “O Orçamento está contingenciado, a reforma foi aprovada.
Agora, se executar o Orçamento for crime não sei mais como se faz política.
Agora, uma coisa é execução do Orçamento, outra coisa é trocar e a Câmara não está trocando nada”, disse. “Ninguém está tratando sobre um Orçamento tão flexível assim para que se possa influenciar votação.
Mas se governo tiver R$ 1 ou R$ 2 milhões para o meu Estado, vou ficar muito feliz”, disse e acrescentou que o Rio de Janeiro passa por dificuldades. » Danilo Cabral entra com ação no STF para ‘obrigar’ Guedes a mostrar dados da Previdência » Após acordo para retirar pontos da reforma, CCJ volta a discutir Previdência » João Campos diz ver inconstitucionalidades no projeto de reforma da Previdência » Saiba como os pernambucanos devem votar sobre a Previdência Para Maia, a aprovação da reforma na CCJ se deve a uma maior participação do governo na articulação. “O ministro Onyx passou a ter uma participação mais efetiva, isso ajudou”, afirmou.
Sobre os parlamentares, ele disse que ficou impressionado com a mobilização de deputados nas redes. “Mas é fundamental que no sistema presidencialista o governo participe de forma efetiva.
O presidente que já defendeu com menos ênfase vem aumentando essa defesa”.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência foi levada à Câmara por Bolsonaro no dia 20 de fevereiro.
Inicialmente, foi criticada por não ter sido apresentada junto ao projeto de lei que muda as regras para a aposentadoria de militares.
O texto também foi criticado em pontos como a aposentadoria rural.
Com dificuldades na articulação política, o governo sofreu derrotas como o adiamento da votação na CCJ.
Porém, após fazer um acordo com o centrão, que pressionava a gestão, o projeto foi aprovado no colegiado.