Por Ivan Maurício, jornalista Em votação na Câmara dos Deputados a concessão do título “Olinda Monumento Nacional”.

Pré-requisito para Olinda receber a honraria de Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade pela UNESCO – órgão de cultura da Organização das Nações Unidas. - Os que votam favoravelmente permaneçam como se encontram.

Os que são contra fiquem de pé. Álvaro Gaudêncio Filho, deputado federal pela Paraíba, do Partido Democrático Social (PDS), sucessor da Aliança Renovadora Nacional (Arena), base de sustentação do regime militar, tinha acabado de receber um telefonema do Palácio do Planalto, com ordens do presidente-general Figueiredo para ficar de pé e votar contra.

General Figueiredo não queria dar essa honraria para um deputado federal da oposição e irmão do prefeito de Olinda, Germano Coelho, na época, única cidade governada pela oposição em Pernambuco.

O outro prefeito do MDB, Geraldo Melo, de Jaboatão, tinha acabado de aderir ao PDS.

O autor do projeto “Olinda Monumento Nacional”, Fernando de Vasconcelos Coelho, deputado federal pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar, foi obrigado a abusar de uma velha amizade construída na Faculdade de Direito do Recife.

Fernando Coelho pulou no colo de Álvaro Gaudêncio e não deixou ele votar contra o título de Olinda.

Os colegas de plenário pensaram que era uma briga.

Mas só durou o tempo da votação.

E os dois amigos terminaram esse episódio abraçados. (Esta história gravei, em vídeo, com o querido Fernando Coelho no ano de 2016.

Breve vou disponibilizar para todos).