O deputado estadual, possível candidato em Jaboatão dos Guararapes, pelo PP, não perdeu a chance de marcar sua posição religiosa em relação a uma iniciativa do governo Paulo Câmara, na área da pasta das mulheres. “Afinal, qual o objetivo do Governo do Estado?

No momento que comemoramos a ampliação da participação feminina nos poderes públicos, inclusive na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a Secretaria da Mulher acaba de lançar um concurso de fotografia para mulheres, em especial “lésbicas, bissexuais, travestis e homossexuais”. “Somente em Pernambuco, a opção sexual da mulher é apresentada como condição para realização de um concurso.

O objetivo é homenagear o sexo feminino ou o público LGBT?

Mais uma vez, o Governo do Estado dá margem a interpretações errôneas e promove o desrespeito, desta vez, não somente com a família pernambucana, mas com todas as mulheres do estado”. “Promover um concurso como esse, definitivamente, não é o papel da Secretaria da Mulher que, como o nome já diz, é da mulher.

Se queria promover a competição, poderia ter escolhido outra secretaria e com outra formatação.

Não é preconceito da minha parte, mas, enquanto parlamentar e representante do povo, é meu dever questionar”, afirmou, em nota, Joel da Harpa, deputado Estadual do PP.

Nesta segunda, o Diário Oficial informava que o Governo do Estado está abrindo um concurso de fotografias para “mulheres, em especial lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais”.

O anuncio foi feito pela Secretaria de Estado da Mulher, no Diário Oficial.

As inscrições gratuitas vão até 17 de maio.

As “vencedoras” vão ganhar prêmios em dinheiro.

O assunto provavelmente renderá polêmica com a bancada evangélica, que apoia o governador Paulo Câmara (PSB).

Ano passado, a polêmica se formou em torno de uma peça de teatro, no Festival de Inverno de Garanhuns.

Após protestos dos evangélicos, o governador mandou cancelar a peça.

O pastor Cleiton Collins, deputado estadual, repudiou com veemência a exibição no Festival de Inverno de Garanhuns da peça teatral “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”.

A Secretaria Estadual de Cultura tinha incluído na grade de eventos do Festival de Inverno a peça, com um transexual no papel principal e alvo de protestos em outras capitais. “Quando soube do teor da peça, liguei para o governador, fui o primeiro a passar o teor da peça a ele.

Quando ele tomou conhecimento disse que não, que não ia deixar esse tipo de assunto pautar o seu governo”, disse o deputado ao Blog, na época.

A atuação do governador Paulo Câmara sobre a peça gerou protestos em redes sociais.

Militantes tentaram acusar o governador Paulo Câmara de uma suposta “homofobia”.

A questão estava restrita aos “textões” de Facebook, até a Defensoria Pública do Estado divulgar uma nota oficial, fazendo críticas ao cancelamento da peça, ordenado pelo governador.