Estadão Conteúdo e Agência Câmara - O líder da maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), acredita que a admissibilidade da proposta de emenda à constituição do orçamento impositivo, da qual é relator, possa ser votada ainda nesta segunda-feira (15), na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ).
Ele irá apresentar voto favorável pela integralidade do texto que voltou do Senado com alterações.
Os coordenadores partidários da CCJ estão reunidos tentando costurar um acordo para a pauta do dia para resolver a grande questão que é qual PEC será avaliada primeiro, Previdência ou Orçamento. “Eu sou a favor de que haja na reunião do colegiado, como sempre houve, um acordo de procedimento entre as bancadas e que construa a pauta nesse acordo de procedimento”, disse Ribeiro momentos antes de entrar na reunião.
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Após aprovadas pela CCJ, ambas as matérias seguirão para comissões especiais antes de irem para a votação no Plenário da Câmara. “O plenário da CCJ é soberano.
Se aprovar (o requerimento de inversão de pauta), o primeiro item será o orçamento impositivo”, disse o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), na última sexta-feira (12).
Governistas Com a iminência de uma vitória do Centrão, governistas dão sinais de que vão aceitar a inversão de pauta.
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), disse que o partido não se opõe à aprovação da PEC do Orçamento. “Somos favoráveis a votar os dois.
A ordem não altera”, afirmou Waldir.
Ele disse ainda que é “indiferente” o que se vote primeiro desde que a admissibilidade da reforma da Previdência seja aprovada até esta quarta-feira (17).
No entanto, ao inverter a pauta do dia, o cronograma da CCJ para esta semana fica indefinido já que há diversas estratégias que poderão ser usadas, principalmente pela oposição, para se adiar o debate da Previdência.
Para inverter a pauta, é necessária maioria simples para aprovar o pedido.
Ou seja, se os 66 membros titulares estiverem presentes à reunião, serão preciso 34 votos a favor.
Os partidos do Centrão que pediram prioridade ao Orçamento, DEM, PP e PR, somam 12 membros no colegiado.
Além deles, a oposição, que soma 17 deputados na CCJ, já sinalizou que deve aderir ao movimento.
Há ainda a expectativa que parlamentares de outros partidos também votem pela inversão.
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