Na próxima semana, a ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, Tereza Cristina, é aguardada em Petrolina, depois da visita esta semana do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.
O prefeito Miguel Coelho disse que Tereza Cristina, aliada do senador FBC no PSB, no governo Temer, virá à região e, de acordo com o prefeito, ’ com certeza’ outros investimentos chegarão junto com sua passagem por Petrolina.
Petrolina é conhecida como terra da irrigação e foi escolhida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional para o lançamento do Plano Nacional de Segurança Hídrica.
A cidade sertaneja foi visitada nesta quinta-feira (11) pelo ministro Gustavo Canuto, que anunciou com o prefeito Miguel Coelho e o senador Fernando Bezerra as metas para levar “mais água a todos os brasileiros e ações para conter enchentes em regiões de risco”.
De acordo com o planejamento, o objetivo é garantir pelos próximos anos mais de R$ 27 bilhões em obras a exemplo de adutoras, barragens e canais, tendo como prioridade o Nordeste, região com mais projetos previstos.
Na visita, primeiro, o ministro inaugurou uma estação de bombeamento no projeto Pontal, um perímetro na área seca de Petrolina que terá sistemas de irrigação como já ocorre há décadas no projeto Nilo Coelho.
Em seguida, Canuto vistoriou as obras de 496 habitações populares em construção através de parceria com a Prefeitura de Petrolina.
Por fim, num evento com diversas autoridades, foram lançadas para o Brasil inteiro as metas do Plano de Segurança Hídrica. “Defendo a necessidade de priorizar a região nordestina, a qual terá obras como o ramal de Entremontes, o Canal do Sertão, a segunda etapa das adutoras do Agreste e Pajeú, entre outros projetos.
Ressaltou o simbolismo de lançar o plano em Petrolina.
Tive o prazer de conhecer essa potência da irrigação. É uma terra abençoada.
O plano é o começo, um norte.
Queremos trazer água para toda essa região, este é o objetivo”, disse. “A gente fica feliz de contar com essa força política para trazer um ministro para lançar o plano nacional e também anunciar mais obras para nossa cidade”, disse Miguel Coelho.
Carteira de obras O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defdneu, durante o lançamento do Plano Nacional de Segurança Hídrica em Petrolina (PE), a importância de uma “carteira de obras” para orientar os investimentos do governo.
O senador falou em ausência de projetos para a construção de barragens, adutoras e sistemas de abastecimento de água no Nordeste, quando assumiu o Ministério da Integração Nacional, em 2012. “Não havia um projeto nas prateleiras dos órgãos federais.
Por isso digo que a gente tem que gastar muito tempo e pouco dinheiro para elaborar projetos, para, depois, fazer obras de qualidade.
Não importa se a gente vai inaugurar a obra.
O que é importante é que a gente tenha um norte, uma carteira de obras definidas, que possa significar a prioridade de um governo, de um país, de uma população.
E esse plano significa isso”, afirmou o senador. “O plano é um diagnóstico das deficiências e riscos hídricos de todas as regiões.
O que é mais crítico foi identificado.
Chegamos a 95 intervenções.
Hoje, o risco hídrico é mínimo ou baixo em 50% das regiões analisadas.
Se o plano for implementado, nossa situação será muito diferente.
Serão 11% em 2035”, disse o ministro ao lado do prefeito Miguel Coelho.
Esse diagnóstico, segundo o senador Fernando Bezerra Coelho, levou Pernambuco a receber o maior número de obras no Plano Nacional de Segurança Hídrica. “Pernambuco não vai ganhar mais por causa da sua força política, mas porque tem a maior carência hídrica”, destacou.
Homenagem a Bolsonaro O líder do governo acrescentou que o plano é um compromisso assumido pelo presidente Jair Bolsonaro para os cem primeiros dias de seu mandato, comemorados nesta quinta-feira em cerimônia no Palácio do Planalto.
O ministro Gustavo Canuto, no entanto, defendeu que o lançamento fosse feito em Petrolina. “O Plano Nacional de Segurança Hídrica é um sonho que Fernando Bezerra Coelho começou lá em 2012, quando assumiu o Ministério da Integração Nacional.
Ele já tinha inteligência de saber que o Brasil precisa de um rumo.
A escolha de Petrolina é sim para honrar a família Coelho.
Minha sincera homenagem.”