O deputado federal Danilo Cabral (PSB) questionou a existência de recursos da União para o pagamento da 13ª parcela do Bolsa Família nacionalmente, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) nessa quinta-feira (11).

O parlamentar destaca que houve um corte de 50% do orçamento necessário para o pagamento dos benefícios em 2019.

O socialista é aliado do governador Paulo Câmara (PSB), que também anunciou o pagamento para os pernambucanos.

Danilo Cabral enfatizou que considera a medida um “avanço”. “O problema é que o governo anuncia isso sem sequer garantir os recursos mínimos para pagamento dos benefícios”, disse.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse que os R$ 2,58 bilhões necessários para o pagamento do 13º salário do Bolsa Família estão garantidos no Orçamento, após aprovação da Junta Orçamentária, em entendimento de sua pasta com o Ministério da Economia que resultou na reacomodação de recursos provenientes de ajustes e arrocho na fiscalização dos pagamentos.

LEIA TAMBÉM » MP que cria 13º no Bolsa Família só deve ser editada em outubro » Bolsonaro anuncia no Twitter criação do 13º do Bolsa Família » Bolsonaro deve vir ao Nordeste ‘trazer’ o 13º do Bolsa Família » Ao pagar 13º para Bolsa Família, Paulo Câmara ‘cutuca’ governo Bolsonaro » Paulo Câmara recua e vai pagar 13º do Bolsa Família a todos os beneficiários O socialista é presidente da Frente em Defesa do Sistema Único de Assistência Social na Câmara dos Deputados.

Segundo o parlamentar, é necessária a recomposição de R$ 15 bilhões do Bolsa Família. “Até agora, o governo não deu qualquer sinalização nesse sentido.

Pelo contrário, tem endurecido as regras de cadastramento e dificultado o acesso aos benefícios”, reclamou.

Quatro meses após a aprovação do projeto de lei que criou o programa Nota Fiscal Solidária (NFS), para pagar a 13ª parcela do Bolsa Família em Pernambuco, Paulo Câmara voltou atrás e anunciou novas regras.

Ao contrário do que previa a proposta inicial, todos os beneficiários receberão um repasse extra, de até R$ 150.

Quem recebe menos poderá complementar os R$ 150 com os créditos da NFS.

A média no Estado é de R$ 184,13. 13º do Bolsa Família de Bolsonaro Bolsonado não anunciou os detalhes do benefício nacional.

Segundo o Ministério da Cidadania, responsável pelo repasse dos recursos, a ideia do governo é que o Planalto envie ao Congresso uma medida provisória somente no mês de outubro, para que ela esteja em pleno vigor em dezembro, quando o 13º entraria na conta dos cerca de 13,7 milhões de beneficiários do programa.

Segundo a pasta, é melhor deixar para assinar a medida provisória em outubro, pois o texto tem prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60.

Portanto, se fosse assinada agora, correria o risco de não ser aprovada no período necessário e perder a validade justamente na hora de ser pago o benefício. *Com informações da Estadão Conteúdo