Integrante da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB-PE) aproveitou a demissão do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez para criticar a gestão dele na pasta, considerada pelo socialista uma “tragédia”.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou o economista Abraham Weintraub para o cargo. “Ao que se sabe, ele não tem nenhuma ligação ou estudos na área de educação.
Mas esperamos, sinceramente, que seja um bom gestor, o que já um avanço diante do que vivenciamos nesse período, e que nos surpreenda positivamente”, afirmou Danilo Cabral.
Weintraub foi um dos principais colaboradores da campanha de Bolsonaro, participando de discussões sobre a autonomia do Banco Central.
A ponte entre ele e o presidente foi feita pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Na equipe de transição entre os governos de Michel Temer (MDB) e de Bolsonaro, ele foi coordenador na área de Previdência.
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Abraham trabalhou durante 18 anos no Banco Votorantim, onde foi diretor, passando em seguida para a Quest Corretora.
Em seguida, deixou a iniciativa privada e passou a ser professor universitário, atuando na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde entrou em conflito com alunos diversas vezes por questões ideológicas. “A gestão do MEC, nesses primeiros meses do governo, foi uma tragédia.
Não houve a divulgação de um projeto para o país e é urgente fazermos os investimentos necessários para a área.
Torcemos para que não seja apenas uma troca de nomes, mas que agora o governo, finalmente, consiga dizer a que veio na educação, que seja prioridade para o País”, disse ainda. “Espero que o novo ministro consiga serenar o ambiente da Educação, área que deveria ser estratégica para o governo.
Até agora, o que vimos foi uma briga interna por cargos entre militares, evangélicos e olavistas”.
Bolsonaro já havia indicado que poderia demitir Vélez desde a última sexta-feira (5), quando admitiu que “está bastante claro que não está dando certo o ministro”.
O colombiano enfrentava uma crise havia mais de um mês marcada por disputas internas, mais de 15 exonerações, medidas polêmicas e recuos.