Militantes do PT e integrantes de agremiações carnavalescas como o Eu Acho É Pouco e a escola de samba Gigante do Samba, campeã do Carnaval da capital pernambucana, se reuniram neste domingo (7), no Bairro do Recife, para protestar contra a prisão do ex-presidente Lula, que completa um ano.
Houve mobilização no Marco Zero e, em seguida, os manifestantes seguiram para a Praça do Arsenal, onde foi montado um palco para os discursos das lideranças partidárias - além dos petistas, organizaram o ato políticos do PSOL e do PCdoB - e de movimentos sociais.
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Para o vereador do Recife João da Costa (PT), o ato marca uma rearticulação da militância. “Isso marca a retomada não só do ‘Lula livre’, mas de articulação de resistência em defesa de um projeto de democracia e contra a reforma da Previdência que está colocada e a articulação de tentar de desautorizar percentuais mínimos para a educação e a saúde”, afirmou o petista. “É importante que essa mobilização exista para a gente poder combater essa injustiça, defender a democracia, a liberdade e lutar pelos direitos da maioria do povo brasileiro, que estão ameaçados”, disse ainda o parlamentar. “É a retomada de uma ofensiva.” João da Costa classificou Lula como um “preso político” e criticou o presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Ele não pode estar solto porque é uma liderança capaz de mobilizar a nação contra a verdadeira destruição que o governo Bolsonaro vem implantando no Brasil”.
Foto: Renata Monteiro/JC Carol Vergolino (PSOL), integrante do mandato coletivo Juntas na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), questionou a democracia. “Enquanto a gente tiver um preso político, a gente não tem democracia.
Essa democracia tão frágil que encarcera Lula, mas também encarcera mulheres, mulheres negras, que mata jovens negros na periferia todos os dias.
Essa democracia que assassinou Marielle, ou seja, a gente não tem democracia.
A gente precisa restituir a democracia”.
Foto: Renata Monteiro/JC - Foto: Renata Monteiro/JC Foto: Renata Monteiro/JC - Foto: Renata Monteiro/JC Foto: Renata Monteiro/JC - Foto: Renata Monteiro/JC Foto: Renata Monteiro/JC - Foto: Renata Monteiro/JC O deputado federal Carlos Veras (PT) também atribuiu a prisão de Lula a questões políticas. “Hoje, o Brasil inteiro compreende por que estão mantendo o presidente Lula nessa prisão política. É para atentar contra a democracia, contra os nossos direitos. É para fazer como na criminosa reforma trabalhista que está gerando desemprego, trazendo a fome de volta. É para fazer o que querem com a reforma da Previdência: acabar com a aposentadoria”, afirmou em discurso. “Porque são covardes, frouxos, têm medo de ver Lula com a gente, coordenando as massas contra a retirada de direitos.
Se Lula não pode andar entre os seus, aqui estão milhares de Luiz Inácio Lula da Silva.
Vamos combater cada injustiça, cada crime contra o povo brasileiro.” Interior Em Caetés, cidade-natal de Lula, também houve manifestação.
Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fizeram uma caminhada de Garanhuns até Caetés.
A manifestação foi até a casa onde Lula nasceu, no sítio Várzea Comprida.
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