O Índice de Confiança do Empresário (ICEI-Construção) recuou pelo segundo mês consecutivo e ficou em 59,8 pontos em março.

Mesmo com a queda de 3,5 pontos em relação a fevereiro, o índice é 6,5 pontos maior do que média histórica e continua acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.

Segundo a entidade, em boletim, a queda deste mês é resultado da piora da avaliação dos empresários sobre as condições atuais dos negócios e das perspectivas em relação ao desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira, 27 de março, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Com a queda da confiança, os empresários do setor estão menos dispostos a investir.

O índice de intenção de investimento caiu para 34 pontos em março.

Foi a segunda queda consecutiva do indicador, que continua em patamar muito baixo.

O índice varia de zero a cem pontos.

Quanto menor o valor, mais baixa é a propensão das empresas para investir. “As dificuldades no cenário político diminuem a previsibilidade dos agentes econômicos.

Isso se reflete em uma postura mais cética dos empresários, principalmente em relação a investimentos de longo prazo”, diz a economista da CNI Dea Fioravante.

A pesquisa mostra que os empresários estão cautelosos em relação ao futuro.

Os indicadores de expectativas sobre o nível de atividade e de compra de insumos e de matérias-primas recuaram em março frente a fevereiro.

O índice de número de empregados ficou estável e o de novos empreendimentos e serviços subiu 0,4 ponto.

Ainda assim, os indicadores se mantêm acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários ainda esperam o crescimento do setor nos próximos seis meses.

ATIVIDADE E EMPREGO Conforme o levantamento, o nível de atividade e de emprego apresentaram leve melhora no mês passado.

O índice de evolução do nível de atividade aumentou 0,3 ponto em relação a janeiro e ficou em 44,3 pontos em fevereiro.

O índice de emprego subiu 0,4 ponto e alcançou 42,9 pontos.

Mesmo com a melhora, os dois indicadores seguem abaixo dos 50 pontos, mostrando que a atividade e o emprego no setor continuam em queda.

Mas o nível de utilização da capacidade operacional subiu 1 ponto percentual em relação a janeiro e ficou em 56% em fevereiro.

Isso significa que, no mês passado, a indústria da construção operou com 44% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados.

O aumento da utilização da capacidade de operação é resultado da alta de 1 ponto percentual registrada no indicador do setor de construção de edifícios, que subiu para 57%.

No setor de obras de infraestrutura, o nível de utilização da capacidade instalada caiu 1 ponto percentual e ficou em 52%.

Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 19 de março com 492 empresas.

Dessas, 165 são pequenas, 218 são médias e 109 são de grande porte.