O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou no Twitter que o Ramal do Agreste, hoje já atrasado em cinco anos, tem entrega prevista para fevereiro de 2021.

Quando for concluído, o equipamento será responsável pela captação da água do eixo leste da transposição do São Francisco, no Sertão, para levar para a Adutora do Agreste, atendendo essa região de Pernambuco.

As obras receberão R$ 1,1 bilhão em investimentos federais.

O Ramal do Agreste terá mais de 70 quilômetros de extensão, com 13 trechos de canais, cinco aquedutos e sifões, seis túneis, uma estação de bombeamento, uma adutora e duas barragens.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, hoje há cerca de 2,5 mil profissionais trabalhando nas obras.

O ministro Gustavo Canuto esteve na última sexta-feira (25) em Pernambuco para visitar as obras e acompanhar a cerimônia de inauguração das adutoras do Moxotó e do Agreste.

A do Moxotó foi uma solução encontrada pelo governo estadual para captar a água do rio São Francisco e transportá-la até a Adutora do Agreste, mas tem aproximadamente 20% da capacidade do Ramal do Agreste, que será de oito metros cúbicos de água por segundo.

A obra do ramal já foi de responsabilidade do Ministério da Integração Nacional, passou para o Governo de Pernambuco quando o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), hoje líder do governo Bolsonaro no Senado, era ministro da Integração Nacional – no governo Dilma Rousseff (PT) – e depois voltou para as mãos da União, sem nunca sair do papel.

O projeto do Ramal do Agreste tem tem características semelhantes à da transposição.

A água será captada do eixo leste no reservatório Barro Branco, em Sertânia, no Sertão.

De lá, seguirá para o açude de Ipojuca, em Arcoverde, também no Sertão.

A Adutora do Agreste será responsável por levar a água até Gravatá, no Agreste.

O edital de licitação saiu em abril de 2014, em passagem de Dilma Rousseff por Serra Talhada, no Sertão.

Porém, foi suspensa pelo próprio Ministério da Integração Nacional, após apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Em 2015, o processo licitatório foi iniciado novamente, mas voltou a ser suspenso.

Em 2017, em visita a Floresta, o ex-presidente Michel Temer (MDB) assinou a ordem de serviço para a elaboração do projeto, com previsão de que as obras durassem 36 meses e fossem concluídas em 2020.

O prazo agora é em 2021.