Estadão Conteúdo - O ex-presidente Michel Temer (MDB) se reservou ao direito de ficar em silêncio em depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (22).
O emedebista está preso desde o dia anterior, na sede da PF do Rio, no âmbito da Operação Descontaminação, braço da Lava Jato no Estado.
O desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Antonio Ivan Athié, determinou a inclusão do pedido liminar de liberdade do ex-presidente na pauta da quarta-feira, 27.
Já o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) não escolheu o silêncio como estratégia de defesa.
Ele respondeu às perguntas da PF e, segundo seu advogado, Antonio Sérgio de Moraes Pitombo, “evidenciou ponto a ponto como as conjecturas são absurdas”.
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Também foram detidos preventivamente o ex-ministro Moreira Franco (MDB), e seu amigo João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima.
Tiveram a prisão decretada ainda outros 8 sob suspeita de intermediar as vantagens indevidas ao ex-presidente.
Esta não é a primeira vez que o emedebista silencia diante das autoridades em investigações.
Ele se recusou a responder várias indagações da Polícia Federal em duas investigações alegando ora, “hostilidade” da autoridade policial, ora “descabimento” das questões abordadas.
O ex-presidente foi inquirido a prestar esclarecimentos no inquérito dos Portos, que resultou em denúncia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e em investigação da Odebrecht em que a PF atribuiu a ele indícios de corrupção.
Defesa Em nota, o advogado Antonio Sergio Moraes Pitombo, que defende o e-ministro, afirmou que “Wellington Moreira Franco prestou depoimento e refutou, ponto a ponto, as conjecturas e presunções usadas pelos Procuradores.
Se houver interesse pela verdade, o caso tomará outro rumo.”