O Partido dos Trabalhadores divulgou uma nota na tarde desta quinta-feira (21) sobre a prisão do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco, ambos do MDB e alvos da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro.

No texto, o PT afirma que espera que “tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal”. “E não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT”, diz a nota.

LEIA TAMBÉM » Força-tarefa da Lava Jato no RJ manda prender Michel Temer » Em nota, MDB lamenta ‘postura açodada’ e pede ‘respeito à direito de defesa’ » Veja a trajetória de Michel Temer O texto foi assinado pela presidente nacional do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR); pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE); e pelo líder da sigla na Câmara, Paulo Pimenta (RS). “Temer assumiu a presidência em um golpe deplorável.

Sua agenda no governo levou ao aumento da desigualdade e da miséria, no entanto é somente dentro da lei que se poderá fazer a verdadeira Justiça e punir quem cometeu crimes contra a população.

Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos”, diz ainda a nota.

Contra Moro O PT ainda voltou a criticar o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL). “O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora”, diz a nota. “Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR.”