Deputado federal eleito com a maior votação da história de Pernambuco, João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos (PSB), fez nesta quarta-feira (20) seu primeiro discurso na Câmara.

Em Brasília, lembrou o pai e criticou o presidente Jair Bolsonaro (PSL), sem citar o nome dele. “Tenho certeza, se vivo estivesse, seria o presidente do Brasil.

E o Brasil não estaria passando por dificuldade e constrangimento nacional e internacional”, afirmou. “Ele faria o que fez em Pernambuco, transformar em dez anos a educação de um Estado”, elogiou João Campos.

O parlamentar lembrou uma declaração do pai: “no dia em que filho do pobre e do rico, do político e do cidadão, do empresário e do trabalhador estudarem na mesma escola, nesse dia o Brasil será o país que queremos”. ?

A fala de João Campos foi no dia em que Bolsonaro esteve na Câmara dos Deputados para entregar os projetos de lei que mudam as regras de aposentadoria dos integrantes das Forças Armadas e reestruturam as carreiras militares.

A visita do presidente foi um dia depois de ele voltar dos Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente norte-americano, Donald Trump e anunciou, por exemplo, o fim da exigência de visto, medida unilateral.

João Campos foi eleito para a Câmara quatro anos após a morte do pai, em acidente aéreo durante a campanha presidencial.

Governador por dois mandatos em Pernambuco, Eduardo Campos estava em terceiro lugar nas pesquisas de intenções de voto, atrás de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), quando morreu, aos 49 anos.

Herdeiro do espólio político do pai, da avó, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes e do bisavô Miguel Arraes, João Campos foi indicado pelo PSB para ocupar uma vaga na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no primeiro mandato.

Passam pelo colegiado todos os projetos apresentados à Casa e hoje a principal é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.