O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta segunda-feira (18) a reforma da previdência dos militares, que deve ser apresentada pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (20). “Os militares são muito bem preparados e sabem fazer contas.
Ou eles vão ajudar a fazer a reforma nas Forças Armadas ou vão ficar sem receber salário”, afirmou. “O Brasil, se não fizer a reforma, vai voltar à hiperinflação ou teremos um grande precatório nas aposentadorias de todos, porque não haverá recursos para pagá-las”, disse ainda.
LEIA TAMBÉM » Governo corre para protocolar proposta de Previdência dos militares no dia 20 » Bancada da bala discute inclusão de militares estaduais na reforma » Líder do PSL pressiona governo a antecipar envio do PL dos militares » Bolsonaro diz que ainda não recebeu versão do PL sobre previdência dos militares » Equipe econômica se reúne com militares para afinar proposta de Previdência » Projeto de Previdência dos militares não terá aumento salarial, diz Marinho » Governo Bolsonaro promete projeto sobre previdência de militares até 20 de março Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo “corre” para apresentar a proposta.
Guedes está nos Estados Unidos com Bolsonaro, que disse ainda não ter analisado o projeto.
O envio do texto é cobrado pelos líderes na Câmara para a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) protocolada em fevereiro, que altera o regime geral e a aposentadoria dos servidores públicos.
PEC da Previdência Maia ainda defendeu que seja montada uma estratégia de convencimento dos deputados para aprovar o texto da PEC da Previdência. “Precisamos mostrar a 250, 280 deputados que não foram eleitos com essa agenda que, para o Brasil voltar a investir, a gente precisa aprovar essa reforma”, afirmou. “Não é questão de cargos. É saber qual é o projeto do governo para depois da Previdência.
O impacto do bom resultado da aprovação da Previdência no Rio vai impactar os meus eleitores.
Eu quero saber qual é o projeto de infraestrutura do governo, já que depois da reforma nós vamos voltar a ter capacidade de investimento com recursos públicos e privados”.
Maia ainda voltou a criticar a alteração no pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que deverá ser feita por lei ordinária.
Pela proposta, a partir dos 60 anos, os idosos receberão R$ 400 de BPC.
A partir de 70 anos, o valor sobe para um salário mínimo. “Se do ponto de vista fiscal não houver grande impacto, a melhor discussão é a não discussão desse tema.
Se tiver impacto fiscal, vai ter que tirar essa regra e construir outra”, disse Maia. *Com informações da Agência Câmara