A Confederação Nacional da Indústria (CNI) diz que a visita do presidente Jair Bolsonaro ao presidente americano Donald Trump é importante para o setor privado.

Para a indústria, é possível iniciar as negociações para um acordo de livre comércio, acordo para evitar dupla tributação (ADT) e acordo de cooperação de facilitação de investimentos (ACFI).

Pesquisa da CNI mostra que pelo menos 134 grupos de produtos brasileiros serão beneficiados com um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.

A entidade diz que, além disso, a assinatura de um ADT entre os dois países vai reduzir a carga tributária para investimentos bilateral, em comércio e em serviços, além de diminuir a tributação na remessa de dividendos de empresas brasileiras nos Estados Unidos, as americanas já estão isentas no Brasil.

Há vantagens também para baratear o pagamento de royalties e a importação de serviços.

Os Estados Unidos são o segundo destino das exportações de bens do Brasil e o primeiro destino das vendas de serviços brasileiros, para onde vão mais de 55% das exportações nacionais, e também a primeira origem de importações.

Mais de 21% do total de Investimento Estrangeiro Direto no Brasil são de americanos e o Brasil é o principais destino dos investimentos americanos na América do Sul. “O acordo de cooperação e facilitação de investimentos é esperado por aumentar a segurança jurídica nos investimentos e estabelecer a figura do ombudsman e do comitê conjunto.

Esses dois instrumentos aumentam o acesso das empresas à informações tributária, financeira, incentivos, mão de obra e toda informação necessária para ampliar os investimentos”, explicou a entidade.

Caminho para acordo A CNI disse entender que há espaço para os governo discutirem e avançarem em temas não controversos e necessários para abrir caminho para o acordo de livre comércio entre as duas economias. “É possível ter consenso em boas práticas regulatórias, barreiras técnicas, facilitação de comércio, pequenas e médias empresas e legislação anticorrupção”.