Por Maria Ligia Barros, do NE10, especial para o blog de Jamildo O martelo foi batido em favor dos espanhóis no leilão de aeroportos do Nordeste na Bolsa de Valores de São Paulo.

O Bloco Nordeste, composto pelo Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes Gilberto Freyre e mais cinco terminais da região, foi arrematado pela Aena Desarollo Internacional SME S.A., por R$ 1,9 bilhões à vista, nesta quinta-feira (15).

O ágio foi de 1.010% sobre o preço inicial.

A concessão foi à leilão na B3, bolsa de valores oficial do Brasil, com o valor mínimo de R$ 171 milhões e recebeu propostas iniciais a partir R$ 351 milhões das mãos de seis grupos.

Além da Aena, pleitearam pela licitação a Companhia de Participações em Concessões (CPC), a Consórcio Região Nordeste, a Fraport Brasil Holding, a Vanci Airports SAS e a Zurich Airport Latin America LTDA.

A segunda classificada foi a Zurich, com valor proposto de R$ 1,851 bilhões.

A Consórcio Região Nordeste apresentou a terceira melhor proposta.

Além do valor da outorga, a licitação prevê o pagamento de uma variável ao longo da concessão de 30 anos.

A partir do sexto ano, a concessionária deverá pagar um percentual crescente que chegará a 8,2% da receita bruta anual.

O Bloco ainda receberá R$ 2,1 bilhões em investimentos, sendo o maior aporte destinado ao aeroporto do Recife (R$ 865,2 milhões).

Os outros aeroportos que integram o pacote do Nordeste têm respectivamente os seguintes investimentos: Maceió (R$ 411,8 milhões), João Pessoa (R$ 271,4 milhões), Aracaju (R$ 255,1 milhões), Juazeiro do Norte (193,5 milhões) e Campina Grande (R$ 155,7 milhões).

Como foi o leilão?

Na proposta vencedora, o grupo Aena ofereceu R$ 1,9 bilhão para o Bloco Nordeste, onde o destaque maior era o aeroporto do Recife.

Os suiços do grupo Zurich ainda tentaram oferecer uma proposta de R$ 1,851 bilhão, mas os espanhois revidaram com força, mostrando que estavam decididos a comprar o empreendimento, no leilão.

O leilão de concessão do Aeroporto Internacional do Recife teve início às 10 horas desta sexta-feira (15), na B3, bolsa de valores oficial do Brasil.

Inicialmente, o Bloco Nordeste recebeu propostas iniciais de R$ 351 milhões a R$ 1,85 bilhões das mãos de seis grupos.

Foram eles a Aena, a Companhia de Participações em Concessões (CPC), a Consórcio REgião Nordeste, a Fraport, a Vanci e a Zurich.

Depois, eles avançaram para a fase viva-voz do certame as três maiores propostas.

Inicialmemte, a Aena encabeçou o ranking, com um valor inicial de R$ 1,85 bilhões - um ágio de 981,47% sobre o preço mínimo previsto de R$ 171 milhões para todo o bloco.

Inicialmente, a segunda classificada foi a Zurich, com valor proposto em R$ 1,69 bilhões e ágio de 887,93%.

O Consórcio Região Nordeste também tentou seguir no pleito, mas não teve gás.

O que o grupo espanhol vai administrar O Aeroporto do Recife tem a maior movimentação de passageiros do Norte e do Nordeste e apresenta lucro anual de R$ 130 milhões O terminal, que ainda tenta se consolidar como hub de uma grande companhia aérea, realiza 204 operações diárias entre pousos e decolagens.

No ano passado, Recife registrou um aumento de 4,9% na movimentação de passageiros e chegou a receber 8,2 milhões de embarques e desembarques.

A quantidade é maior do que todos os outros cinco aeroportos, que juntos chegam a 5,3 milhões.

Pela primeira vez na história, o aeroporto do Recife conseguiu bater o aeroporto internacional de Salvador, já privatizado, que registrou em 2018 uma movimentação de 7,8 milhões passageiros.

O Gilberto Freyre possui atualmente 21 posições de estacionamento de aeronaves, 11 delas em pontes e 10 remotas.

O terminal é utilizado pela Azul, Avianca, Gol, Latam, TAP, TCCV, Condor, Copa Airlines e Air Europa.

São 36 destinos domésticos e 12 internacionais.

Os dados mostram que 92% dos passageiros utilizam o terminal para viagens no Brasil.

Para o exterior, as rotas têm uma frequência média de 43 embarques e desembarques por semana.

Os principais destinos são Lisboa, Madrid, Frankfurt, Miami, Buenos Aires e Santiago.