Após a concessão do Aeroporto do Recife, o Governo de Pernambuco afirmou nesta sexta-feira (15), em nota, que “seguirá vigilante no cumprimento da programação de investimentos no terminal”.
O Bloco Nordeste, composto pelo equipamento do Recife e mais cinco da região, foi arrematado pela Aena Desarollo Internacional SME S.A., por R$ 1,9 bilhão à vista.
O ágio foi de 1.010% sobre o preço inicial.
Na nota, o Governo de Pernambuco afirmou que espera “que a liderança regional do nosso aeroporto seja mantida e ampliada e os usuários contem com um serviço de qualidade”.
Nos últimos dias antes do leilão, nem o Palácio do Campo das Princesas nem o governador Paulo Câmara (PSB) comentaram a privatização do aeroporto.
O JC procurou o secretário estadual de Turismo, Rodrigo Novaes, que também não se posicionou sobre o assunto.
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Além da Aena, pleitearam pela licitação a Companhia de Participações em Concessões (CPC), a Consórcio Região Nordeste, a Fraport Brasil Holding, a Vanci Airports SAS e a Zurich Airport Latin America LTDA.
Além do valor da outorga, a licitação prevê o pagamento de uma variável ao longo da concessão de 30 anos.
A partir do sexto ano, a concessionária deverá pagar um percentual crescente que chegará a 8,2% da receita bruta anual.
O Bloco ainda receberá R$ 2,1 bilhões em investimentos, sendo o maior aporte destinado ao aeroporto do Recife (R$ 865,2 milhões).
Os outros aeroportos que integram o pacote do Nordeste têm respectivamente os seguintes investimentos: Maceió (R$ 411,8 milhões), João Pessoa (R$ 271,4 milhões), Aracaju (R$ 255,1 milhões), Juazeiro do Norte (193,5 milhões) e Campina Grande (R$ 155,7 milhões).