Contrário ao leilão do Aeroporto do Recife que foi realizado nesta sexta-feira (15), o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) criticou, em nota, o valor do investimento que deverá ser feito no terminal.

O equipamento está incluído no Bloco Nordeste, que receberá R$ 2,1 bilhões em investimentos, sendo o maior aporte, de R$ 865,2 milhões, destinado à capital pernambucana. “Trabalhamos muito para retirar nosso terminal do modelo de blocos, pois temos convicção que o nível de investimento previsto para os próximos 30 anos está muito abaixo do que precisamos”, enfatizou Carreras.

O deputado pediu três vezes na Justiça Federal e no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) que o leilão fosse suspenso, alegando que o modelo em bloco seria prejudicial para o Aeroporto do Recife.

Todos os pedidos foram negados.

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Iremos fiscalizar todo o processo de concessão e estaremos atentos ao tratamento que a empresa Aena dará para o equipamento”, disse.

Carreras considerou que a Aena, empresa espanhola que arrematou o aeroporto, “tem experiência e condições de elevar o Aeroporto dos Guararapes à liderança no Brasil em todos os requisitos”. “Basta investir o necessário para isso e fazer uma boa administração.

Ela administra 46 aeroportos na Espanha, 12 no México, dois na Jamaica, dois na Colômbia e um na Inglaterra.

Vamos continuar trabalhando para o nosso aeroporto seguir na liderança, discutindo com a empresa cenários de novos voos internacionais para destinos que ela já atua”.

O Bloco Nordeste, composto pelo equipamento do Recife e mais cinco da região, foi arrematado pela Aena Desarollo Internacional SME S.A., por R$ 1,9 bilhão à vista.

O ágio foi de 1.010% sobre o preço inicial.

A concessão foi a leilão na B3, bolsa de valores oficial do Brasil, com o valor mínimo de R$ 171 milhões e recebeu propostas iniciais a partir R$ 351 milhões das mãos de seis grupos.

Além da Aena, pleitearam pela licitação a Companhia de Participações em Concessões (CPC), a Consórcio Região Nordeste, a Fraport Brasil Holding, a Vanci Airports SAS e a Zurich Airport Latin America LTDA.

Além do valor da outorga, a licitação prevê o pagamento de uma variável ao longo da concessão de 30 anos.

A partir do sexto ano, a concessionária deverá pagar um percentual crescente que chegará a 8,2% da receita bruta anual.