Após a volta do recesso, a Câmara Municipal do Recife criou uma comissão especial para acompanhar a situação do edifício Holiday, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, que teve a energia elétrica cortada pela Companhia Energética de Pernambuco.
A comissão será formada por sete vereadores: João da Costa, Hélio Guabiraba, Aerto Luna, Samuel Salazar, Aderaldo Pinto, Rinaldo Junior e Maguari.
De acordo com Hélio, é fundamental acompanhar todas as medidas que serão tomadas com relação ao Holiday. “Nós, como vereadores, temos como função primordial representar os interesses do povo perante o poder público.
Construído em 1957, o histórico prédio Holiday, bem como os seus moradores, merecem uma grande atenção neste momento”, ressaltou.
Os vereadores dizem que a comissão especial deve aprofundar as discussões em torno de outros imóveis que se encontram sem situações parecidas.
Cerca de duas mil pessoas moram no prédio histórico.
Até o fim de semana, mais de 30 inquilinos deixaram o edifício.
De acordo com a Celpe, a energia elétrica só será restabelecida quando forem feitas as correções necessárias no sistema elétrico do prédio.
As precárias condições do edifício Holyday também preocupam o deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC).
Na tarde desta segunda-feira (11), o deputado cobrou que as autoridades competentes cheguem a uma definição sobre a interdição do Edifício Holiday, na Zona Sul do Recife, assim como o destino dos moradores, que hoje vivem sem energia e sem água no local. “É um apelo que faço aos órgãos e autoridades competentes, se vai ser interditado ou não, é preciso ter clareza do que vai acontecer, o que não podemos aceitar, é que as pessoas vivam sem as condições básicas, sem energia e água” disse o parlamentar.
O deputado estadual chamou a atenção para a falta de segurança no edifício.
Desde a última quinta-feira, 5 de março, o local está sem energia elétrica, em razão de problemas estruturais que comprometem a segurança do prédio. “São necessários R$ 300 mil para que energia seja ligada e mais de R$ 1 milhão para realização de obras de infraestrutura.
Eu sei que o imóvel é particular, mas o cenário verificado é de interesse público.
O Corpo de Bombeiros precisa dizer se o edifício pode ou não ser habitado, e caso os moradores sejam retirados, quem cuidará do local?”.