O deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) criticou nesta terça-feira (11) a disputa política pelo Ministério da Educação, envolvendo o chefe da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez, e o “guru” bolsonarista Olavo de Carvalho, que indicou o colombiano ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). “É mais uma situação que mostra a ausência de comando do presidente, que precisa esquecer o Twitter e começar a governar”, disse o socialista. “Infelizmente, o que temos é uma disputa política no Ministério entre os grupos ligados às forças armadas, ao Olavo de Carvalho e ao ministro de Educação.
Enquanto isso ocorre, o Paulo Guedes articula cortes no orçamento”, afirmou ainda. “A educação precisa de investimentos, de gestão.
Precisamos discutir o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), o Fundeb, por exemplo”, sugeriu.
LEIA TAMBÉM » Bolsonaro diz que ministro Vélez Rodríguez continua no cargo » ‘Que o enfie no c*’, diz Olavo de Carvalho a Vélez sobre MEC » MEC faz expurgo de seguidores de Olavo de Carvalho » Olavo de Carvalho pede que seus alunos deixem governo Bolsonaro As disputas no ministério começaram na semana passada, quando o ministro resolveu exonerar funcionários que defendiam políticas de viés ideológico, entre elas o envio de uma carta para escolas sugerindo que perfilassem os alunos para cantar o Hino Nacional, registrando o momento e enviando à pasta.
Com a repercussão negativa da notícia – e Vélez recuando na determinação enviada às escolas – , o ministro deixou os “olavistas” de lado e passou a se aconselhar com um grupo que defende o abandono do discurso ideológico. “Olavistas”, por sua vez, dizem que o grupo é “tucano” e não segue as ideias de Bolsonaro.
Os técnicos rivalizam com outros dois segmentos dentro do MEC, o de seguidores de Olavo e o de alguns militares.
Olavo de Carvalho tem feito críticas ao ministro e a seus subordinados em suas redes sociais.
Mais cedo, mandou um recado para Vélez: “Não quero derrubar ministro nenhum.
Apenas apresentei pessoas, sem a menor pretensão de influenciá-las (sei que isto é inimaginável para o pessoal da mídia, para quem influenciar é orgasmo).
O ministério é do Velez.
Que o enfie no c*.”