A Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) realiza o Seminário Reforma da Previdência, nesta quinta-feira (14), às 9h, no auditório da sede da associação.

Para debater o assunto, a Adufepe reunirá nomes como o ex-ministro da Previdência Ricardo Berzoine, do PT.

A entidade é contra a reforma.

De acordo com a nota divulgada pela diretoria da Adufepe, além de ampliar os limites de idade para aposentadoria, a reforma propõe uma “desconstitucionalização” das regras previdenciárias dos servidores públicos, estas passarão a ser definidas por mecanismos, como a lei complementar, que poderá ser mudada no Congresso Nacional a qualquer momento.

O seminário propõe debater a PEC nº 6 de 2019. “As mudanças propostas asseguram essencialmente as questões fiscais do país e reduzem os direitos do aposentado, com menor valor da aposentadoria e maior tempo para adquirir o benefício”, adianta Berzoini, aos sindicalistas do ensino superior.

Em sua palestra, o ex-ministro vai abordar a relação entre os sistemas de previdência civil e militar, e também do INSS com o orçamento da união. “Vamos demonstrar no seminário que é possível, com mudanças tributárias, reformular o orçamento da União e fazer uma reforma equilibrada, sem usar argumentos distorcidos como aqueles usados pelo atual governo para justificar a reforma”, disse Berzoini.

Além do ex-ministro, o evento terá como palestrantes Vilson Romero, atual coordenador de estudos socioeconômicos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip); Nilton Brandão, presidente da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES-federação) e Cícero Dias, gerente de atuária e benefícios da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). “A reforma é um desmonte da previdência social e, por isso, a federação reuniu, no último dia 27 de fevereiro, entidades significativas para atuar na Frente Parlamentar e fazer um enfrentamento da Reforma da Previdência no Congresso”, diz Nilton Brandão (Proifes-Federação) aos sindicatos de ensino superior. “A Reforma violenta a possibilidade de ter alguma aposentadoria no país, sendo que alguns seguimentos são extremamente prejudicados: os trabalhadores rurais não vão se aposentar, e esta reforma é também um ataque às mulheres, que muitas vezes têm jornadas duplas e triplas, e, do ponto de vista da educação, não aceitaremos a destruição do direitos à aposentadoria especial das professoras e professores da educação básica”, defende Nilton Brandão.