O PSOL de Camaragibe marcou para esta terça-feira (12) um ato público pela moralidade da política no município.
Os integrantes do partido vão protestar contra o prefeito Demóstenes Meira (PTB), investigado por improbidade administrativa após convocar comissionados para festa que teve apresentação da sua noiva, a cantora Taty Dantas, que também é secretária de Assistência Social.
A manifestação será às 9h, na Rua Eliza Cabral de Souza.
Foram chamadas lideranças estaduais do PSOL para o ato, como as Juntas co-deputadas; Dani Portela e Eugênia Lima, candidatas ao governo e ao Senado em 2018; e Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE). “Mesmo com a justiça determinando que Demóstenes Meira deve permanecer como prefeito de Camaragibe, a gente entende que é preciso não deixar essa história cair no esquecimento.
Ele não agiu com responsabilidade com a coisa pública ao exigir que os funcionários comissionados comparecessem ao show de sua noiva Taty Dantas”, afirmou, pela assessoria de imprensa, Rogério Alexandre, integrante do diretório municipal do partido e um dos organizadores da mobilização.
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O pedido foi feito na ação civil pública em que o petebista é acusado de improbidade administrativa por causa da convocação dos comissionados para a festa.
O Bloco Canário Elétrico, realizado no último dia 17, foi organizado pelo secretário de Educação de Camaragibe, Denivaldo Freire Bastos.
Em dois áudios que circularam pelo WhatsApp, Meira recomendou aos funcionários com cargos comissionados que participassem da festa. “Quero convidar todos os cargos comissionados para agora, 12h, estar em frente ao trio onde vai cantar a minha noiva Taty Dantas. (…) Vou fazer um cordão de isolamento ao redor do trio só para os comissionados.
Por favor, divulguem, multipliquem.
A gente vai filmar e eu vou contar quantos cargos comissionados foram até o evento.
Eu sei que tem gente que não gosta de Carnaval.
Eu também não vivo Carnaval, mas minha noiva vai cantar, a minha futura esposa Taty Dantas, e eu quero a presença de todos os cargos comissionados.
Vai lá para dar presença.
Depois que ela cantar as músicas dela, tá (sic) todo mundo liberado”, diz um trecho do áudio. “Quero todos os cargos comissionados no bloco, independente de ser crente, espírita, católico, de não gostar de Carnaval”, diz em outra gravação.