A abertura do Carnaval do Recife teve diversidade de estilos, ritmos e expressões da cultura recifense.

O espetáculo celebrou os ritmos da periferia da cidade, teve a presença especial de jovens dançarinos de várias comunidades do Recife e também de frequentadores do Compaz, que formaram um balé no Marco Zero. “Essa abertura contempla a variedade de ritmos e danças da periferia, provocando nos bailarinos e no público o sentimento de protagonista, a cidade é a grande protagonista, não só um artista, mas todos que fazem a arte resistir.

Todo o processo foi de autoria conjunta, construção conjunta, onde todos são criadores, coautores.

O carnaval é isso, a junção de tudo, união de tudo, que faz a cidade ser o que é”, disse Dielson Pessôa, diretor artístico do espetáculo “O Carnaval de Todo Mundo” No palco, depois do clássico toque dos clarins, anunciando o início da festa, teve shows e apresentações que celebraram o frevo, o samba e a arte que nasce da periferia do Recife, como a turma do passinho e do brega, para mostrar o “caldeirão cultural que é a marca da capital pernambucana”.

O elenco contou com 100 bailarinos e músicos que participarão divididos em seis cenas, com participações de pesoas com deficiência, garis, e também alunos das duas unidades do Compaz, Alto de Santa Terezinha e Cordeiro, além do Coral Voz Nagô, César Michilles, DJ Tiago Pinheiro, Cajú e Castanha, Michele Melo, Kelvis Duran, Zé Brown, DJ Big, Bruninho, Gigantes do Samba, Transversal Frevo Orquestra entre outros grandes nomes do cenário musica pernambucana.

O prefeito Geraldo Julio, acompanhado da primeira-dama Cristina Mello e do governador Paulo Câmara, prestigiou a abertura oficial, ao lado dos dois homenageados do carnaval, Belo Xis e Gerlane Lops, além do Maestro Forró, Orquestra Popular da Bomba do Hemetério e convidados. “Nunca presenciei uma abertura tão linda e emocionante como essa.

Me arrepiei por ver jovens no palco, por ver tanta vibração, tantos ritmos.

Por reconhecer também coisas que escuto onde eu moro, por ver os garis subindo no palco para frevar junto com todo mundo.

Isso sim é um carnaval democrático”, comentou Ana Luíza, manicure que mora no bairro da Mustardinha.